Por Adilson Carvalho

Apresentação :  Há pouco mais de um ano os amigos Marcelo Kricheldorf e Ricardo de Freitas criaram o grupo de WhatsApp Cinema de Arte, reunindo amantes da Sétima arte de todo o país – todos comprometidos com o aprimoramento de seus conhecimentos da arte cinematográfica. Periodicamente ambos promovem Lives animadas com o público voltados para todos os assuntos – Nova Hollywood, atores, diretores e filmes diversos. Converso aqui com os amigos Marcelo e Ricardo.

Adilson : Como surgiu a ideia de um grupo de debates para falar de cinema ? Marcelo : Amante da Sétima desde minha adolescência, o cinema sempre me fascinou em suas mais diversas formas e gêneros. As redes sociais vieram como um papel potencializador dessa experiência de aprendizado, possibilitando a troca de informações entre cinéfilos que desejam aprender mais sobre o tema. Ricardo : Desde que comecei a participar de grupos de diversos assuntos, idealizei fazer um grupo com a temática de cinema para interação com troca de ideias e opiniões para enaltecer a Sétima Arte.

Adilson: O cinema de hoje é tão atraente quanto os clássicos do passado ? Marcelo : Dentro desse contexto existem argumentos a favor do cinema contemporâneo; catalisador de novos talentos, tecnologia avançada, linguagem global, diversidade e inovação narrativa. Por outro lado, o cinema clássico carrega consigo um valor histórico, influência/legado cultural, estilo e elegância. Em resumo eles se complementam. Ricardo : Depende do que você procura, se for no geral pode deixar um pouco a desejar, mas se for por exemplo buscar nomes consagrados ainda temos muita coisa boa.

Adilson : O streaming é aliado ou inimigo do cinema ? Marcelo : Muitos consideram aliado e inimigo ao mesmo tempo. Foram responsáveis pelo declínio do número de salas de cinema causando mudanças nos modelos de negócios e distribuição dos filmes na indústria cinematográfica. Por.outro lado, o streaming oferece mais comodidade, acesso amplo ao conteúdo e variedade. Ricardo: O streaming e o cinema ainda podem coexistir e se complementar, mas para isso é importante encontrar um equilíbrio entre ambos.

Adilson: A arte cinematográfica consegue se sobressair atualmente em meio à enxurrada de franquias, reboots e remakes ? Marcelo : Pode se dizer que sim. Enquanto a arte cinematográfica manter diversidade de conteúdo, independência, inovação narrativa e estilo visual. Fatores essenciais que fomentam a Sétima Arte. Ricardo : Acredito que sim, todos os anos ainda temos produção de qualidade depende do que você procura.

Adilson: No cinema nacional temos grandes atores, diretores e histórias para contar. O que falta então para que o cinema brasileiro se firmasse mais perante o público frequentador de salas de cinema ? Marcelo : Alguns fatores são essenciais para esse retorno. Aspectos como disponibilidade de financiamento, distribuição e infraestrutura das obras. Dentro do processo de produção investir na diversidade de gêneros, qualidade técnica e desenvolvimento de roteiros. Em relação ao marketing, promoção de campanhas publicitárias eficazes das obras. Ricardo : O que faltava era um filme pra chegar e impactar e mudar o momento, o filme Ainda Estou Aqui fez essa mudança.

Adilson : Qual filme mais recente fez sua alma de cinéfilo balançar? Marcelo : Nosferatu (2024),.dirigido por Robert Eggers. Um filme com características técnicas e artísticas fascinantes que nos remetem ao Expressionismo Alemão e ao Cinema Gótico. Proporcionou um resgate cultural da memória cinematográfica servindo de homenagem ao próprio clássico de 1922 (F.W . Murnau). Ricardo : O Auto da Compadecida 2

Adilson : Que atores / diretores você idolatra ? Marcelo : Entre os atores: Al Pacino, Robert De Niro Denzel Washington, John Wayne, James Stewart, Marlon Brando, entre outros; as atrizes: Meryl Streep, Susan Sarandon, Faye Dunaway, Ingrid Bergman, Shirley MacLaine, Jane Fonda entre outras; e os diretores: Billy Wilder, John Ford, Orson Welles, Stanley Kubrick, Sidney Lumet, Martin Scorsese, Steven Spielberg entre outros. Ricardo : Atores: Clint Eastwood, John Wayne, Gary Cooper, Robert De Niro, Tom Hanks, Denzel Washington, Mazzaropi Grande Otelo e Selton Mello – Diretores: John Ford, Billy Wilder, William Wyler, David Lean, Martim Scorsese, Quentin Tarantino, Ruy Guerra, Glauber Rocha e Fernando Meirelles.

Adilson: O que achou da vitória de Fernanda Torres no Golden Globe ? Marcelo : Fez história a se tornar a primeira atriz brasileira a ganhar o Globo de Ouro como Melhor Atriz em filme de Drama. Ricardo : Entrou pra história da sétima arte, foi fantástico, elevou o cinema brasileiro para outro patamar;

Adilson: O cinema impacta o público jovem mais do que o público adulto ? Marcelo : O Cinema tem impacto em ambos os públicos. Nos jovens na formação de valores, desenvolvimento emocional e inteligência. Nos adultos propicia reflexão, nostalgia, análise crítica; servindo de válvula de escape das emoções. Ricardo: Depende muito do conteúdo, não acho que o público jovem de hoje é muito ligado com o cinema.

Adilson: Você é a favor ou contra a cultura de spoilers ? Marcelo : Existem os prós e os contras no que se refere a cultura de spoilers. O ponto positivo é que permitem o compartilhamento de opiniões, facilitando a análise e a discussão das obras cinematográficas. O ponto negativo é que prejudicam a experiência cinematográfica do espectador, tirando o elemento surpresa e reduzindo o impacto emocional. Ricardo : Completamente contra, gosto de ver o filme sem saber de detalhes, principalmente da conclusão ou de plot Twist quando há no filme.

Através do link abaixo você poderá fazer parte do grupo de debate Cinema de Arte. Acesse e junte-se ao grupo:

https://chat.whatsapp.com/CnnFNNsqP3Q0wzX6LdGh3S