Por Adilson Carvalho

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Dois anos depois de As Panteras, a estrela Cameron Diaz havia tido sucesso como a Princesa Fiona da animação Shrek (2001), e uma breve participação no criticado Vanilla Sky (2001) com Tom Cruise. Quando recebeu o convite para trabalhar ao lado do renomado Martin Scorcese, se juntou a Leonardo Di Caprio e Sir Daniel Day Lewis em Gangs de Nova York (2002). Cameron assumiu o papel da sensual vigarista Jenny Everdeane. Para compór o papel de forma convincente, Martin Scorsese contratou “O Mágico”, um italiano famoso por uma carreira de 30 anos como batedor de carteira, para ensinar a Cameron Diaz a arte de roubar bolsos. Seu personagem vaga entre dois extremos opostos representados por Armsterdan Vallon (DiCaprio) e Bill Cutting, o Açougueiro em meio aos sangrentos conflitos sociais da Nova York do final do século XIX, no bairro de Five Points da cidade de Nova York. A história rapidamente avança para os conflitos com a imigração irlandesa para a cidade, seguindo o líder de gangue Bill “The Butcher” Cutting (Daniel Day-Lewis), chefe do crime sob o comando do William M. Tweed (Jim Broadbent). O filme culmina em um confronto violento entre a Bill e sua máfia com o protagonista Amsterdam Vallon (Leonardo DiCaprio), motivado pela vingança já que Bill é o assassino de seu pai (Liam Nesson).

Na época do lançamento do filme, Cameron teve sua tuação criticada, incluindo alegações de falta de química com o personagem de DiCaprio, com quem se envolve. O papel de Jenny chegou a ser pensado para Sarah Michelle Gellar, Christina Appelgate, Alicia Silverstone, Gwyneth Paltrow, Lara Flynn Boyle, Winona Ryder entre outras antes da escalação de Cameron. A atriz, no entanto, se destaca bem no papel que recebeu uma vez que Jenny vive como uma peça em um jogo de xadrez entre Bill e Armsterdam. Nos bastidores outra batalha era travada entre o diretor e o famigerado produtor Harvey Winstein acerca da metragem do filme e do orçamento estourado. A atriz, mesmo mediante tudo isso, entrega uma boa atuação mesmo que expremida na história, e exaurida durante as longas filmagens que a principio seriam de seis semanas e acabaram esticadas em até seis meses, o que a deixou bem descontente. O filme era um projeto antigo de Martin Scorcese, que vinha desde os anos 70 desejando filmá-la. Na época foi o filme mais caro do diretor com um orçamento de cerca de US$ 100 milhões. Mesmo que não seja um dos melhores trabalhos dela, ou de Scorcese, o filme permanece um bom retrato de um episódio sangrento da história americana, indigesto mas ainda assim, e talvez por isso mesmo, valendo a pena ser analizado. Disponível na Google Play.