IN MEMORIAN | CACÁ DIEGUES

Por Adilson Carvalho

Um dos maiores cineastas de nosso país nos deixou na manhã desta sexta (14/02), nascido Carlos Diegues em Maceió, Alagoas, em 19 de maio de 1940. Tendo se mudado cedo para o Rio de Janeiro, vindo a morar em Botafogo, formou-se em Direito na Pontifícia Universidade Católica do Rio (PUC-Rio). Cacá Diegues filmou vários curtas até seu batismo de fogo em longas com Ganga Zumba (1964), sobre o líder do Quilombo dos Palmares. Com participação ativa na resistência intelectual e política à Ditadura Militar, Diegues deixa o Brasil em 1969, vivendo primeiro na Itália e depois na França, acompanhado por sua esposa então, a cantora Nara Leão com quem teve dois filhos. Depois de voltar ao país realizou seu trabalho mais popular na época com Xica da Silva (1976), premiado no Festival de Brasília. Um dos grandes nomes do Cinema Novo junto com Glauber Rocha, Leon Hirszman, Paulo Cesar Saraceni, Joaquim Pedro de Andrade e outros. Desde então realizou grandes obras como Bye Bye Brasil (1979), Quilombo (1984), Dias Melhores Virão (1989), Tieta do Agreste (1996), Deus é Brasileiro (2003) e O Grande Circo Místico (2018), seu último filme. No início da década de 80 se casou uma segunda vez com a produtora de cinema Renata Almeida Magalhães, época em que integrou o júri do Festival de Cannes. Renata e Cacá tiveram uma filha. Em 2016, recebeu a homenagem da escola de samba Inocentes de Beford Roxo, pelo grupo de acesso A, com o enredo “Cacá Diegues – Retratos de um Brasil em cena!” desenvolvido pelo Carnavalesco Márcio Puluker, ficando em 9o lugar no concurso. Em 2018 foi admitido na Academia Brasileira de Letras. Um artista como poucos, que deixou seu nome na eternidade.

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