Por Adilson Carvalho

Duro de Matar (1988) transformou Bruce Willis em um astro de ação. O ator, anteriormente conhecido por seu papel na comédia dramática da ABC A Gata & O Rato (1985/89), apresentou ao público o relutante herói de ação comum, que desde então se tornou um arquétipo do gênero. O detetive da polícia de Nova York John McClane também se tornou o papel mais conhecido de Willis e continua sendo um dos ícones de ação mais queridos até hoje. Naturalmente, Hollywood estava ansiosa para transformar o sucesso do filme original em uma franquia e, assim, uma sequência foi rapidamente produzida em 1990. Não foi exatamente o sucesso e o marco cultural que o primeiro filme havia sido, mas não deixou de ter seus encantos. Então, um terceiro filme se materializou, o que consolidou John McClane como um herói duradouro na tela. No que diz respeito aos filmes da franquia, Duro de Matar 3 (Die Hard With a Vengeance), de 1995, é de fato um dos melhores. Isso se deve principalmente ao fato de as duas sequências legadas que foram lançadas em 2007 e 2013 serem impressionantemente esquecíveis. Mas, ainda assim, Duro de Matar 3 é um John McClane vintage. Muito disso se deve ao fato de o diretor original, John McTiernan, ter retornado para a terceira sequência, trazendo consigo a vontade de levar a ação e as acrobacias ainda mais longe do que no clássico de 1988. Mas Willis e seu colega de cena, Samuel L. Jackson, também formaram uma ótima dupla na tela, que se equilibrou perfeitamente durante sua corrida frenética por Nova York. Dessa forma, Duro de Matar 3 continua sendo para alguns fãs um dos melhores da franquia, mas parece que quase tivemos uma sequência diferente, e essa alternativa poderia facilmente ter feito do terceiro filme da série o pior de todos. Em Duro de Matar 3, John McClane, desempregado, corre por Nova York ao lado de Zeus Carver (Samuel L. Jackson) , para desarmar bombas colocadas por Simon Gruber, de Jeremy Irons. É um festival de ação ininterrupta que se manteve bem ao longo dos anos, apesar de algumas conotações questionáveis sobre o racismo da época. Mas parece que o filme quase poderia ter sido um fracasso ainda maior do que as outras continuações da franquia. De acordo com John McTiernan, que conversou com o MovieLine sobre o filme, duas versões do filme foram de fato preparadas. “Uma não aconteceu porque a Fox estava brigando com Bruce por causa de dinheiro”, explicou o diretor, acrescentando: “Depois de fazermos Duro de Matar 3, o estúdio usou a maior parte do material que desenvolvemos para a outra sequência e o transformou em Velocidade Máxima 2 (1997)”. Sim, você leu certo. Em um determinado momento, o roteiro de um filme da franquia Duro de Matar seria o mesmo de uma das sequências mais desastrosas da história de Hollywood, escrito por James Haggin. De acordo com o veículo, o filme se passaria em um navio de cruzeiro no Caribe, com McClane mais uma vez enfrentando um grupo de terroristas em um espaço fechado. Por fim, a ideia foi supostamente descartada porque os produtores não queriam que o filme se assemelhasse muito a A Força em Alerta (1992), que estava sendo produzido na época. A franquia Duro de Matar você encontra na Disney +.