No aniversário de 115 anos de seu nascimento vamos celebrar a obra de Akira Kurosawa

Marcelo Kricheldorf

Akira Kurosawa é considerado um dos principais diretores da história do cinema. Com uma carreira que abrangeu mais de cinco décadas, Kurosawa dirigiu alguns dos filmes mais influentes e icônicos da história do cinema. Neste artigo, vamos explorar a carreira de Kurosawa, seu estilo visual, a influência do budismo e do xintoísmo em sua obra, a representação da sociedade japonesa em seus filmes, a colaboração com Toshirô Mifune, a influência no cinema mundial, a crítica social, o uso de elementos literários, a preservação e a restauração de seus filmes e o legado de Kurosawa.
Akira Kurosawa nasceu em 23 de março de 1910, em Tóquio, Japão. Ele começou sua carreira no cinema como assistente de direção e, em 1943, dirigiu seu primeiro filme, Sanshiro Sugata. No entanto, foi com o lançamento de Rashomon em 1950 que Kurosawa ganhou reconhecimento internacional.
Conhecido por seu estilo visual único, que combina elementos de teatro, pintura e literatura, ele foi influenciado pela arte japonesa, particularmente pela pintura e pela arquitetura. Kurosawa também foi influenciado pelo cinema ocidental, particularmente pelos filmes de John Ford e Sergei Eisenstein. A religião e a filosofia japonesas tiveram uma grande influência na obra de Kurosawa. O budismo e o xintoísmo são temas recorrentes em seus filmes, e Kurosawa frequentemente explorou a relação entre o homem e a natureza. O filme Rashomon é um exemplo disso, pois explora a natureza da verdade e da moralidade.

Os filmes de Kurosawa frequentemente exploram a sociedade japonesa, incluindo a hierarquia social, a família e a tradição. O filme Os Sete Samurais é um exemplo disso, pois explora a relação entre os samurais e os camponeses. Kurosawa também explorou a modernização do Japão e a perda da identidade cultural. Toshirô Mifune foi um dos principais atores de Kurosawa e estrelou em muitos de seus filmes. A colaboração entre os dois foi fundamental para o sucesso de Kurosawa, e Mifune se tornou sinônimo da obra de Kurosawa.
Considerado um dos principais diretores da história do cinema, e sua influência pode ser vista em muitos filmes e diretores. O filme Os Sete Samurais foi adaptado para o cinema ocidental como Sete Homens e um Destino, dirigido por John Sturges. Além disso, diretores como Martin Scorsese, Francis Ford Coppola, Sérgio Leone, George Lucas e Steven Spielberg citaram Kurosawa como uma influência.
Os filmes de Kurosawa frequentemente contêm críticas sociais, incluindo a corrupção, a injustiça e a desigualdade. O filme Rashomon é um exemplo disso, pois explora a natureza da verdade e da moralidade. Kurosawa também explorou a relação entre o homem e a natureza. Foi influenciado pela literatura e muitos de seus filmes são adaptações de obras literárias. O filme Rashomon é baseado em uma história de Ryūnosuke Akutagawa, e o filme Os Sete Samurais é baseado em uma história de Shūgorō Yamamoto.
Muitos dos filmes de Kurosawa foram restaurados e preservados para as gerações futuras. A restauração dos filmes de Kurosawa é um processo complexo que envolve a digitalização,.restauração e conservação.Varias instituições estão envolvidas no processo como
Fundação Akira Kurosawa, Museu de Arte de Tóquio.e.Arquivo Nacional de Filmes do Japão.

Abaixo as Principais Obras do Diretor:

Rashomon (1950): Um filme que explora a natureza da verdade e da moralidade, considerado um dos melhores filmes de todos os tempos.
O Idiota (1951): Uma adaptação do romance de Fiodor Dostoiévski, que explora a relação entre a moralidade e a sociedade.
Os Sete Samurais (1954): Um filme de épico que explora a relação entre os samurais e os camponeses, considerado um dos melhores filmes de todos os tempos.
A Fortaleza Escondida (1958): Um filme de aventura que explora a relação entre o poder e a moralidade, ambientado em um contexto de guerra e política.
Yojimbo (1961): Um filme de épico que explora a relação entre os samurais e os camponeses, considerado um dos melhores filmes de todos os tempos.
Sanjuro (1962): Um filme que explora a relação entre o poder e a moralidade, ambientado em um contexto de política e corrupção.
Dersu Uzala (1975): Um filme que explora a relação entre o homem e a natureza, ambientado em um contexto de exploração e colonialismo.
Kagemusha (1980): Um filme de épico que explora a relação entre o poder e a moralidade, ambientado em um contexto de guerra e política.
Ran (1985): Um filme de épico que explora a relação entre o poder e a moralidade, ambientado em um contexto de guerra e política. Adaptação da obra Rei Lear, de William Shakespeare.
Sonhos (1990): Um filme que explora a relação entre o homem e a natureza, ambientado em um contexto de sonhos e fantasias.
Madadayo (1993): Um filme que explora a relação entre a moralidade e a sociedade, ambientado em um contexto de pós-guerra.