Releitura dos artigos publicados no site da extinta Rádio Vintage
por Sérgio Cortêz
Memória Rádio Vintage: O Vídeo Game Odyssey

Para a garotada do início dos anos 1980, os games atuais e aplicativos para celular estavam muito além da imaginação. Notebooks, tablets, smartphones e Internet eram coisas fora de qualquer expectativa, mesmo nos filmes mais ousados de ficção científica. Foi nesse cenário que a Philips lançou no Brasil, em 1983, o Videogame Odyssey.
Produzido pela Magnavox nos Estados Unidos desde 1972, o Odyssey evoluiu nos anos seguintes de um console com apenas dois jogos (Tênis e Hóquei, nos longínquos tempos do Odyssey 100) para o sistema de cartuchos que poderiam ser trocados de acordo com o interesse do usuário por algum jogo específico. Vítima de uma mal planejada campanha publicitária, a primeira geração do Odyssey teve vida curta – o que não se repetiu nas versões seguintes, tanto nos Estados Unidos quanto na Europa e no Japão.
Em terras brasileiras, a Philips manteve o produto em linha até meados de 1984, fazendo do Odyssey o concorrente direto do Atari 2600 – cujos games eram bem mais diversificados se comparados aos do Odyssey. Apesar disso, jogos como OVNI, Didi Na Minha Encantada, Come-Come (versão “odysseyana” para o clássico Pac Man), Abelhas Assassinas, Futebol Eletrônico e Defensores da Liberdade eram muito populares entre os proprietários do console naqueles tempos – assim como o intrigante teclado na parte frontal do videogame, quase uma marca registrada. Apesar dos quase 40 anos de seu lançamento no Brasil, ainda é possível adquirir um exemplar do Odyssey em bom estado (com caixa e tudo, incluindo cartuchos) nos principais sites de vendas. Porém, é bom lembrar que atualmente o produto é visto mais como uma raridade do que como quinquilharia, o que acaba por lhe agregar mais valor.
*****