CLASSICO REVISITADO | LAWRENCE DA ARABIA

A Plasticidade Visual de um Épico
⭐⭐⭐⭐⭐

(Marcelo Cinéfilo)

Lawrence da Arábia, dirigido por David Lean em 1962, é considerado um dos maiores filmes épicos da história do cinema. Com uma duração de mais de três horas e meia, o filme conta a história de T.E. Lawrence, um oficial britânico que se tornou um herói da Revolta Árabe contra o Império Otomano durante a Primeira Guerra Mundial.
Uma das características mais marcantes do filme é sua plasticidade visual, que se refere à capacidade de criar imagens e sequências visuais que são ao mesmo tempo belas, emocionantes e significativas. A plasticidade visual de Lawrence da Arábia é em grande parte devida à fotografia de Freddie Young, que foi responsável por capturar as imagens do filme. Young utilizou uma variedade de técnicas para criar imagens que eram ao mesmo tempo realistas e poéticas, incluindo o uso de luz natural, composições inovadoras e uma paleta de cores que variava do deserto árido ao luxo opulento. O deserto é um personagem importante em Lawrence da Arábia, e Lean e Young o utilizaram de maneira criativa para criar imagens que eram ao mesmo tempo belas e perigosas. O deserto é mostrado como um lugar de beleza e terror, onde a vida é precária e a morte é sempre presente.
A sequência da batalha de Aqaba é um dos momentos mais emocionantes do filme, é um exemplo perfeito da plasticidade visual de Lawrence da Arábia. A sequência é filmada em uma escala épica, com centenas de extras e uma variedade de efeitos especiais. A sequência é também emocionante, com a câmera capturando a ação e a emoção da batalha de maneira intensa e visceral. Lean e Young foram influenciados pelos pintores impressionistas, como Claude Monet e Pierre-Auguste Renoir, e pelos fotógrafos, como Ansel Adams e Henri Cartier-Bresson. Eles também foram influenciados pela arquitetura e pela arte islâmica, que são mostradas no filme de maneira detalhada e respeitosa. Ganhou 7 Oscars, incluindo Melhor Filme, Direção, Fotografia, Edição, Direção de Arte, Som e Trilha Sonora (Maurice Jarre).

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