Por Adilson Carvalho

Atriz, bailarina e autora, conhecida por vários livros sobre temas de metafísica, espiritualidade, reencarnação, bem como o livro de memórias Minhas Vidas (1983). Nas telas, foi indicada 6 vezes ao Oscar, ganhando aos 49 anos por Laços de Ternura (1983), além de ter recebido dois BAFTAs Awards, cinco Globos de Ouro e um Emmy Award. A sua música tema favorita é “If My Friends Could See Me Now”, retirada do filme Charity, Meu Amor (1969), que a acompanha quando entra para ser entrevistada em talk shows. Seu cabelo curto é sua marca registrada e a única vez na sua vida adulta que teve cabelo comprido foi durante um período nos seus 30 anos. Irmã mais velha de Warren Beatty, Shirley MacLaine completa hoje 92 anos com uma belíssima carreira. Vamos rever alguns de seus papeis icônicos:
#1. Jennifer Rogers (O Terceiro Tiro) – 1955. A estreia de Shirley no cinema foi sob as ordens do mestre do suspense, Alfred Hithcock, em uma comédia de humor negro. No filme, a atriz, aos 21 anos, interpreta a ex esposa de um cadáver (o Harry do título) do qual é suspeita de ter assassinado.
#2. Bessie Sparrowbush (Artistas & Modelos) – 1956. Em seu segundo filme, Shirley interpreta a modelo usada para o desenho da Mulher Morcego (Bat-Lady), heroína dos quadrinhos por quem o ingênuo Eugene Fullstack (Jerry Lewis) é apaixonado. No filme, Shirley mostra seu talento como dançarina em um hilário número musical com Jerry Lewis ao som de Innamorata, canção de Dean Martin. Fabuloso !!!! Confira abaixo
#3. Fran Kubelik (Se Meu Apartamento Falasse) – 1960. Ascensorista é amante de um dos diretores do prédio comercial que trabalha, mas acaba se apaixonando pelo pacato C.C.Baxter (Jack Lemmon). A atriz já mostra talento dramático nesta produção e Billy Wilder, indicado a 10 Oscars, com Shirley recebendo sua primeira indicação. Embora não tenha ganhado, ela mostrou talento e química com Lemmon, com quem voltaria a contracenar em Irma La Douce (1963), também dirigido por Wilder. Leia sobre Irma La Douce na próxima postagem.
#4. Charity Hope Valentine (Charity, meu Amor) – 1969. A sua personagem aqui é uma dançarina em um boate de Times Square, nesse musical dirigido e coreografado por Bob Fosse. O roteiro é de Neil Simon e foi baseado no espetáculo homônimo de 1966, igualmente coreografado por Fosse, que por sua vez conta uma história inspirada em Noites de Cabiria, película italiana de Federico Fellini. Esnobada pela Academia nesse ano, a atriz levou o Globo de Ouro de melhor atriz de musical ou comédia por esse papel.

#5. Irmã Sara (Os Abutres Tem Fome) – 1970. Dirigida por Don Siegel, com quem Shirley não se deu nada bem, ela interpreta um freira com um segredo que carrega em uma longa travessia pelo oeste ao lado de um improvável aliado, o cowboy Hogan (Clint Eastwood). Shirley nunca disse nada a respeito de ter trabalhado com Clint, mas rumores apontam que eles não teriam se entendido bem.
#6. Deedee Rogers (Momento de Decisão) – 1977. Shirley interpreta uma ex bailarina amargurada cuja filha (Leslie Brownie) a força a se reconciliar com um ex amiga (Anne Bancroft), também bailarina, e com quem guarda uma história de rivalidade. Foi indicado a 11 Oscars, incluindo para Shirley como melhor atriz, mas não ganhou em nenhuma das categorias pelas quais concorreu.
#7. Eve Rand (Muito Além do Jardim) – 1979. Shirley é esposa de um magnata moribundo (Melvyn Douglas), que se apaixona pelo ingênuo jardineiro Chance (Peter Sellers). Sobre filmar com o icônico Sellers, ela disse que ele continuava no personagem o tempo todo durante as filmagens. Um pouco antissocial, mas apenas devido à essência da sua personagem. Sobre os rumores de que eles tiveram um caso, ela desmentiu.

#8. Aurora (Laços de Ternura) – 1983. Shirley recebeu seu Oscar de melhor atriz pelo seu papel de viúva amarga, que vive às turras com a filha (Debra Winger) e acaba redescobrindo o amor ao lado de um ex astronauta (Jack Nicholson). Debra Winger comportou-se de forma errática nas filmagens porque estava a lutar contra uma grave dependência de cocaína. A certa altura, ela e Shirley MacLaine envolveram-se numa luta de empurrões.
#9. Shirley MacLaine (Minhas Vidas) – 1987. a atriz viveu ela mesma na adaptação para Tv de seu livro auto biográfico sobre reencarnação. A minisérie foi indicada a vários Emmys e marcou pela coragem da atriz ao se expor em suas crenças espirituais, em uma época que o tema não era tão bem recebido pelo público.

#10. Doris Mann (Lembranças de Hollywood) – 1991. Shirley interpreta a mãe de uma atriz famosa, baseada na estrela Debbie Reynolds, mãe da atriz Carrie Fisher, a Princesa Lea de Star Wars, e autora do livro que serve de fonte para a história desta adaptação. O poster emoldurado na casa de Doris, que mostra Doris e uma jovem Suzanne na capa da revista LIFE, é uma fotografia real de Shirley MacLaine e da sua filha, Sachi, fruto de seu casamento com o produtor Steve Parker (1922/2001).