Adilson Carvalho

Michael, o filme biográfico sobre a vida do Rei do Pop Michael Jackson, que está sendo dirigido por Antoine Fuqua, pode ser adiado para 2026. Durante a teleconferência de resultados da empresa na quinta-feira, o CEO da Lionsgate, Jon Feltheimer, disse que o filme “provavelmente” será transferido dos resultados financeiros do ano fiscal de 2026 para o ano fiscal de 2027. Na quinta-feira, a Lionsgate estava recapitulando os resultados do quarto trimestre do ano fiscal de 2025, portanto, o ano fiscal de 2027 da Lionsgate não começará antes do ano civil de 2026. Feltheimer disse que “estamos entusiasmados com as três horas e meia de filmagens incríveis do produtor Graham King e do diretor Antoine Fuqua, e anunciaremos uma estratégia de lançamento definitiva e um cronograma nas próximas semanas”. O filme já havia sido adiado de um lançamento originalmente planejado para abril de 2025 para estrear em 3 de outubro de 2025, mas parece improvável que chegue a essa data também. Alguns rumores também apontam que o filme seria dividido em duas partes com lançamentos distintos. A Lionsgate havia divulgado com entusiasmo imagens de Michael durante sua apresentação na CinemaCon em 2024, mas o filme vem sofrendo constantes modificações de planos. As dificuldades da produção incluíram a necessidade de grandes refilmagens como resultado de um acordo feito anos atrás com a família de um dos acusadores de abuso infantil do artista, acordo esse que o espólio de Jackson não revelou aos produtores do filme. A família de Jordan Chandler, aos 13 anos, acusou Jackson de abuso sexual em 1993, e o acordo judicial feito prevê que a família Chandler não seria mencionada em nenhum filme sobre a vida de Jackson. O problema é que o filme de Antoine Fuqua foi supostamente centrado no drama jurídico que envolveu o eventual acordo de US$ 20 milhões entre os Chandlers. O patrimônio de Jackson só informou os produtores sobre a questão legal depois que o filme entrou em pós-produção. Embora o filme tivesse um orçamento de US$ 150 milhões e exigisse enormes reescritas e refilmagens para corrigi-lo, esperava-se que o espólio de Jackson cobrisse os custos das refilmagens.