Adilson Carvalho

Gosto muito de filmes de aventura no estilo “Caçadores de Relíquias Históricas“, um subgênero no qual Indiana Jones se sobressai em primeiro lugar. Com tantos candidatos a ocupar o trono do aventureiro de George Lucas e Steven Spielberg, temos mais essa simpática produção roteirizada por James Vanderbilt (Independence Day: O Ressurgimento) e dirigida por Guy Ritchie (Sherlock Holmes). Depois de Indiana Jones, Rick O’Connell, Allan Quatermain e Ben Gates vivendo aventuras e caçando tesouros, conhecemos agora os irmãos Luke (John Krazinski) e Charlotte (Natalie Portman) que se unem à procura da lendária Fonte da Juventude. No filme, Luke e Charlotte se afastaram depois da morte de seu pai Harrisson (homenagem a você sabe quem), e agora juntos em sua busca, enfrentam mil perigos, tudo às custas do milionário Owen Carver (Downhall Gleeson), que tem seus próprios motivos para encontrar a fonte. Com passagem por Londres, Cairo, Bangkok e Vienna, o filme trará o frescor de um gênero que sempre atraiu bastante o público. A sequência de mergulho nos destroços do Lusitania é muito boa, apesar de inconsistências factuais já que o navio, afundado pela Marinha Imperial Alemã em 1915, está espalhado em um áreas muito maior que a mostrada no filme, e não está intacto. Claro, que isso não atrapalha a diversão que usa e abusa de todos os clichês do gênero como o vilão fingindo ser um dos mocinhos, a assassina que se sente atraída por seu alvo (papel de Eiza Gonzales), a criança prodígio que desvenda o enigma e a sequência final, tudo orquestrado sem surpresa apenas como se fosse uma homenagem às antigas matinês. Pena que o sempre ótimo Stanley Tucci fica desperdiçado em uma pequena participação, que pouco acrescenta à trama. De qualquer forma, o filme cumpre com seu propósito de entreter, e deixa aberta a possibilidade de uma sequência, que se vier talvez corrija o que deu errado desta vez. Disponível na Apple TV.