Adilson Carvalho

O Festival de Cinema de Veneza homenageará a atriz Kim Novak, lendária estrela de Um Corpo Que Cai (Vertigo, 1958), de Alfred Hithcock, com um Leão de Ouro pelo conjunto de sua obra. Novak, de 92 anos, tornou-se a maior atração de bilheteria do mundo no final dos anos 50 e início dos anos 60, graças a filmes hoje considerados clássicos, como Férias de Amor (Picnic, 1955), de Joshua Logan; O Homem do Braço de Ouro (The Man with the Golden Arm, 1955), de Otto Preminger; Meus Dois carinhos (Pal Joey, 1957), de George Sidney; e Sortilégios de Amor (Bell, book and Candle, 1958), de Richard Quine, onde voltou a contracenar com James Stewart, fazendo o papel de uma bruxa. A atriz também é conhecida como “uma estrela que se emancipou; uma rebelde no coração de Hollywood que iluminou os sonhos dos amantes do cinema antes de se retirar para seu rancho no Oregon para se dedicar à pintura e aos seus cavalos”, como diz um comunicado do festival de Veneza. Como parte do tributo, Veneza fará a estreia mundial do documentário biográfico Kim Novak’s Vertigo, dirigido e escrito por Alexandre O. Philippe. O documentário combina imagens raras de arquivo com reflexões pessoais de Novak e vislumbres de sua vida reclusa ao longo do selvagem Rogue River, no Oregon, e traça sua trajetória de ícone do cinema de meados do século a artista extremamente reservada. De fato, Novak foi uma estrela ferozmente independente, que deixou Hollywood para trás para viver a vida em seus próprios termos.