Adilson Carvalho

Recentemente, o New York Times realizou uma pesquisa pedindo a cineastas, atores e escritores famosos que indicassem os melhores filmes do século até o momento. De Pedro Almodóvar a Rachel Zegler, estrela de West Side Story e Branca de Neve, o Times perguntou a dezenas e dezenas de pessoas famosas quais eram seus longas-metragens favoritos lançados desde o ano 2000 e, em seguida, compilou suas respostas em uma lista dos 100 melhores (classificados de acordo com os filmes que receberam mais votos). A pesquisa foi muito parecida com as pesquisas que a renomada publicação Sight & Sound realiza uma vez a cada década, apenas limitada aos lançamentos dos últimos 25 anos e convidando uma equipe diferente de cineastas, escritores e executivos para participar, além de críticos e ensaístas. O icônico escritor de terror Stephen King também foi entrevistado, naturalmente, e suas escolhas talvez tenham sido um pouco mais convencionais do que as da maioria, com vários sucessos de bilheteria e os queridinhos do Oscar entre eles. King gostou de Falcão Negro em Perigo (Black Hawk Down, 2001), de Ridley Scott, O Segredo de Brokeback Mountain (Brokeback Mountain, 2005) de Ang Lee, Os Infiltrados (The Departed, 2006), de Martin Scorsese, O Irmão, Onde Está Você? (O Brother, Where Art Thou?, 2000) e Onde os Fracos Não têm Vez (No Country for Old Men, 2007) dos irmãos Coen, e Oppenheimer (2024), de Christopher Nolan. Sua lista também incluía um filme dirigido por – e estrelado por – Clint Eastwood. Não, não é Space Cowboys (2000) e sim Menina de Ouro (Million Dollar Baby, 2004), que entrou na lista dos 10 melhores de King. O filme foi um queridinho dos prêmios quando originalmente lançado, ganhando o Oscar de Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Atriz (Hilary Swank) e Melhor Ator Coadjuvante (Morgan Freeman). Foi também um grande sucesso, arrecadando US$ 231,9 milhões nas bilheterias com um orçamento de US$ 30 milhões. O filme conta a história de uma aspirante a boxeadora chamada Maggie (Swank), que procura a tutela de um treinador de boxe exausto chamado Frankie (Eastwood). Eles reconhecem que, em termos de carreira, ela está em ascensão, enquanto ele está em declínio. Seja como for, ele a treina tão bem que Maggie começa a nocautear seus diversos adversários com um único soco. É nesse momento que a trama sofre uma reviravolta dramática, fazendo com que Frankie tenha que cuidar de Maggie de uma forma que nenhum deles esperava ou planejava. O filme também tem um final intensamente trágico, que fará com que o público use muitos lenços de papel na saída.