QUARTETO FANTASTICO DE JOSH TRANK

Por Adilson Carvalho

Dez anos depois do primeiro filme de Tim Story, a Fox lançou um novo Quarteto Fantástico, dirigido por Josh Trank reunindo Miles Teller (Senhor Fantástico), Kate Mara (Mulher Invisível), Michael B. Jordan (Tocha Humana), Jamie Bell (O Coisa) e Toby Kebbell (Dr. Destino). Foi a primeira vez que Stan Lee se recusou a fazer uma aparição em um filme do Universo Marvel. Co mo desde Quarteto Fantástico & O Surfista Prateado (2017), a Fox não produzia uma sequência, o filme dirigido por Josh Trank foi produzido rápido para evitar que os direitos fossem revertidos para a Marvel. Já que o elenco anterior não acertou seu retorno, principalmente Jessica Alba, que estava descontente com seu papel, e o fato de Chris Evans ter assumido o papel de Capitão América no MCU, a Fox contratou novos intérpretes para os papéis. A discordância entre Trank e os executivos da Fox eram muito grandes. A Fox impôs Kate Mara como Mulher Invisível e o diretor não estava disposto a abrir mão de Miles Teller como Reed Richards. E as discordâncias não paravam nisso, o roteiro inicial foi todo mexido pela FOX. Uma das coisas, por exemplo, é que Galactus aparentemente mataria Victor com Matéria Negra, enquanto Reed e Ben chegariam ao módulo, mas a Matéria Negra atingiria o Portal Quântico e todos seriam atingidos por algum tipo de loucura cósmica. Esse roteiro inicial de Josh Trank e Jeremy Slater incluiría o Homem Toupeira e uma destruição em massa causada inadvertidamente por Reed Richards no Edifício Baxter. A Fox não aprovou e pediu que Simon Kinberg reescrevesse o roteiro. O filme faz uma mudança radical na origem do grupo tirando a exploração espacial e inserindo a ideia de que a Zona Negativa é a origem dos poderes do grupo. A personificação de Toby Kebbell como Victor Vin Doom ficou caricata demais e abaixo da complexidade do personagem. A presença do sempre ótimo Michael B. Jordan como Tocha Humana é uma das poucas coisas que se salvam no filme. Tanto a crítica quanto o público rejeitaram o filme, os uniformes sem nenhuma conexão com os quadrinhos, e principalmente a abordagem escolhida por Trank que deixa de lado a essência das hqs de Stan Lee e Jack Kirby. Com isso esperamos que o novo time reunido tenha melhor sorte para representar a primeira família Marvel.

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