Por Paulo Telles

E vamos para mais um registro em Isto é Fato…Não Fita!
Famosa cronista, romancista brasileira, membro da Academia Brasileira de Letras (ABL) e também fã ardorosa de cinema, a escritora Dinah Silveira de Queiroz (1911-1982) era fiel admiradora do astro Robert Taylor (1911-1969), considerado em Hollywood como o “Homem mais Bonito do Mundo”, cujo título, de fato, era digno de marketing pelo departamento da MGM.
Taylor veio a falecer a 8 de junho de 1969 de câncer no pulmão, aos 57 anos de idade. Poucos dias depois, a 29 de junho do mesmo ano, Dinah publicou um artigo em sua coluna no Jornal do Comércio uma linda crônica intitulada “Saudades de Robert Taylor”, cuja reprodução será aqui expressa. Ela escreveu:
Faz tanto tempo…Meu Deus! Nós vínhamos no Cine Metro com aquela impressão de beleza de A Dama das Camélias, em que a grande Garbo esplendia com seu mistério jamais igualado ao lado de Robert Taylor. Então, uma amiga, depois de um silênciozinho, deu uma gostosa risada e disse:
– Quando vejo Robert Taylor, eu nem gosto de voltar para casa.
-Por que? – Perguntei-lhe sem atinar aquele riso.
– Porque depois de ver um homem como Robert Taylor, acho meu marido muito feio.

Naquela época – de A Dama das Camélias – Robert Taylor era o homem mais bonito do mundo e, além do mais, personificava talvez o último galã, o amoroso perfeito e bem-amado de todas as mulheres, num tipo que o Cinema moderno não produz mais hoje em dia.
Um evento importante em nossos registros envolvendo nossa eterna escritora brasileira, imortal da ABL, e o galã do cinema norte-americano cuja beleza poderia, conforme dito pelas tietes daqueles tempos, enfear muitos maridos.
Afinal…Isto é Fato…Não Fita!
Paulo Telles é crítico de cinema, escritor e radialista (DRT 21959-RJ) além de colunista e redator do blog Cine Retro Boavista.
https://cineretroboavista.blogspot.com/
“Isto é Fato… Não Fita! “ Era um quadro do extinto programa Cine Vintage, pela Web Rádio Vintage.