FELIZ ANIVERSÁRIO  | STEVE MARTIN

Vamos conferir a carreira desse grande nome das telas que hoje completa 80 anos

Por Adilson Carvalho

Ator, comediante, produtor, mágico, escritor, dramaturgo, dublador, músico e compositor americano, Stephen Glenn Martin nasceu em 14 de agosto de 1945, em Waco, no Texas. Foi estudante de filosofia na California State University em Long Beach, e tempos depois fez carreira na TV americana, onde participou do popular programa Saturday Night Live. Com a oportunidade de fazer cinema, em 1978 estreou o filme O Panaca (The Jerk), do diretor Carl Reiner, onde interpretava um jovem branco extremamente tapado e inocente, que fora adotado por uma família negra e não sabia disso até que lhe contaram, já adulto. Com a popularidade obtida no filme, ele e o diretor Reiner firmaram uma parceria de sucesso, realizando várias comédias em estilo non sense, inclusive Cliente morto não paga (1982) e Um Espírito Baixou em Mim (1984), que lhe tornariam uma estrela internacional do cinema e um talento reconhecido após a indicação ao Globo de Ouro como melhor ator por esse filme. A Apple TV traz o ótimo documentário Steve ! sobre sua vida e carreira. Ainda esse mês teremos também a nova temporada de Only Murders in the Building. Não há dúvida de que Steve é um dos maiores.

O primeiro emprego de Martin durou três anos (1955-1958) e foi na Disneylândia, vendendo guias de viagem nos finais de semana e em período integral durante as férias de verão escolar. Enquanto trabalhava na Disneylândia, ele foi filmado ao fundo, nas gravações do curta-metragem Disneyland Dream, tornando-se essa a primeira aparição de Martin no cinema. Disse certa vez que seu filme favorito é Antes Só do que Mal Acompanhado (Planes, Trains & Automobiles) de 1987, escrito e dirigido por John Hughes. O filme traz Martin dividindo a cena com o amigo John Candy, de seus tempos no Saturday Night LIve. Quando Candy faleceu em 1994, Steve Martin passou por alguns meses de profunda depressão. Apresentou o Oscar três vezes em 2001, 2003 e 2010 e até hoje é considerado um dos melhores mestres de cerimônia da história do Oscar. Vamos conferir alguns de seus papeis icônicos:

#1. Navin Johnson (O Panaca) – 1979. Navin (Steve Martin) acredita ter nascido como uma criança negra e pobre no Mississippi. No entanto, ele é, na verdade, branco. Ao descobrir isso, ele vai para o norte, para St. Louis, para se encontrar. Depois de conseguir um emprego em um posto de gasolina, Navin fica empolgado ao descobrir seu nome impresso na nova lista telefônica. Essa ratificação de sua existência o leva de uma desventura a outra, pois ele inventa engenhocas, desvia de balas, entra para o carnaval e busca o amor nos braços da bela Marie (Bernadette Peters). Stanley Kubrick era um grande admirador desse filme. Ele costumava recitar falas do filme para o elenco e a equipe em seus filmes e, certa vez, convidou Steve Martin para jogar xadrez.

#2. Roger Cobb (Um Espírito Baixou em Mim) – 1984. Em seu leito de morte, a rica Edwina Cutwater (Lily Tomlin) pede a seu advogado Roger Cobb (Steve Martin) que acrescente a estranha estipulação em seu testamento de que sua alma será herdada pelo jovem Terry Hoskins (Victoria Tennant). O plano sai pela culatra quando Edwina morre. Ela acaba habitando o corpo de Roger e controlando apenas seu lado direito. Edwina e Roger são forçados a trabalhar juntos para encontrar uma maneira de tirar a alma dela do corpo dele e colocá-la no corpo que ela originalmente pretendia. Steve Martin e Victoria Tennant se conheceram no set de filmagem desse filme. Eles se casaram em 1986 e se divorciaram cerca de oito anos depois, em 1994.

#3. C. D Bales (Roxanne) – 1987. Nessa versão moderna da peça clássica de Edmond Rostand, Cyrano de Bergerac, C. D. Bales (Steve Martin) é o espirituoso, inteligente e corajoso chefe dos bombeiros de uma pequena cidade do noroeste do Pacífico que, devido ao tamanho de seu enorme nariz, se recusa a perseguir a garota de seus sonhos, a adorável Roxanne Kowalski (Daryl Hannah). Em vez disso, quando seu tímido subalterno Chris McConnell (Rick Rossovich) se apaixona por Roxanne, Bales dá ao belo jovem as palavras de amor para conquistar o coração dela. O ator alegou em uma entrevista que este foi o primeiro papel pelo qual ele se sentiu respeitado como ator em vez de ser apenas reconhecido como um comediante de stand-up.

#4. Neil Page (Antes Só do que Mal Acompanhado) – 1987. O publicitário Neal Page (Steve Martin) é um tanto quanto um maníaco por controle. Tentando voltar para casa em Chicago para passar o Dia de Ação de Graças com sua esposa (Laila Robins) e filhos, seu voo é redirecionado para uma cidade distante no Kansas por causa de uma nevasca estranha, e sua sanidade começa a se desgastar. Pior ainda, ele é forçado a dividir o beliche com o falante Del Griffith (John Candy), que ele acha extremamente irritante. Juntos, eles devem superar a insanidade da viagem de férias para chegar ao destino pretendido. Steve Martin falou em uma entrevista sobre seu falecido colega John Candy e suas semelhanças com o personagem Del: “Bem, ele era um cara muito doce e complicado, então, ele era sempre amigável, sempre extrovertido e, sabe, engraçado, simpático e educado, mas eu percebia que ele tinha um coraçãozinho partido dentro dele.

#5. Freddy Benson / Ruprecht (Os Safados) – 1988. O vigarista Lawrence Jamieson (Michael Caine) é um antigo morador de um luxuoso resort costeiro, onde ele aproveita os frutos de suas decepções — isto é, até que um concorrente, Freddy Benson (Steve Martin), aparece. Quando as táticas de baixo nível do novato interferem em seu próprio trabalho, Jamieson resolve se livrar dele. Confiante em seus próprios talentos enganosos, Jamieson desafia Benson para uma competição em que o vencedor leva tudo: quem enganar sua marca mais recente primeiro pode ficar, enquanto o outro deve deixar a cidade. A sequência de Steve Martin como Ruprecht é simplesmente impagável.

#6. George Banks (O Pai da Noiva) – 1990. George Banks (Steve Martin) e sua esposa, Nina (Diane Keaton), são os orgulhosos pais de Annie (Kimberly Williams), mas quando ela retorna de estudos no exterior e anuncia que está noiva, todo o mundo deles vira de cabeça para baixo, especialmente o do superprotetor George. De conhecer os sogros a planos de casamento com um consultor exagerado (Martin Short) e seu assistente extravagante (BD Wong), parece que os problemas nunca acabam nesta atualização da comédia clássica de Spencer Tracy. O sucesso do remake gerou a sequência O Pai da Noiva 2 (1995)

#7. Jonas Nightingale (Fé Demais Não Cheira Bem) – 1992. O evangelista cristão itinerante Jonas Nightengale (Steve Martin) e seus companheiros tendem a fazer seus falsos avivamentos de cura pela fé nas principais cidades, onde doações pesadas fluem livremente. Mas, quando Jonas e companhia se encontram presos em um canto remoto do Kansas, eles decidem se apresentar para os moradores locais e levá-los por tudo o que valem. Os shows acontecem sem problemas, até que o sensato policial Will Braverman (Liam Neeson) descobre o golpe e promete provar a todos que Jonas é uma farsa.

#8. Peter Sanderson (A Casa Caiu) – 2003. O advogado Peter Sanderson (Steve Martin) quer voltar a namorar depois do divórcio e tem dificuldade em conhecer as mulheres certas. Mas ele tem sorte com o namoro online e conhece uma colega advogada. Os dois concordam em se encontrar pessoalmente, mas a mulher que ele conhece — uma condenada afro-americana fugitiva chamada Charlene (Queen Latifah) — não é o que ele esperava. Peter fica assustado, mas Charlene o convence a aceitar o caso dela e provar sua inocência, e ao longo do caminho eles aprendem a se tornar amigos. As cenas de Steve dançando são memoráveis e hilárias.

#9. Tom Baker (Doze é Demais) – 2003. Tom (Steve Martin) e Kate Baker (Bonnie Hunt) comprometeram suas carreiras para criar 12 filhos. Tom treina um time de futebol americano do ensino médio, enquanto Kate se aposentou do jornalismo para criar a família. As coisas mudam quando Tom recebe uma oferta de emprego como treinador universitário em uma nova cidade, ao mesmo tempo em que uma editora compra o livro de memórias sobre parentalidade de Kate. Depois de se mudar, Kate faz uma turnê de divulgação do livro, deixando Tom responsável pelas crianças, que — já infelizes com a mudança — mergulham a casa no caos. Teve uma ótima continuação em 2005.

#10. Inspetor Jacques Closeau (A Pantera Cor de Rosa) – 2006. Quando o técnico de um time de futebol francês é morto, seu anel com o lendário diamante da Pantera Cor-de-Rosa desaparece. Felizmente, o Inspetor Chefe Dreyfus (Kevin Kline) tem um plano: designar seus oficiais mais inteligentes e motivados para rastrear os ladrões em segredo, enquanto designa publicamente o atrapalhado Inspetor Jacques Clouseau (Steve Martin) como chefe do caso. Clouseau parece sem esperança, até que seus vários erros e julgamentos equivocados o colocam milagrosamente no rastro do verdadeiro assassino. A sequência de Closeau aprendendo a falar “Hamburger” é ótima. Refilmagem do clássico de Peter Sellers, ganhou uma sequência com Martin em 2009.

Deixe um comentário