Adilson Carvalho

A franquia Star Trek sempre foi uma propriedade com um olho firmemente voltado para o futuro brilhante à nossa frente, mas o último episódio de Star Trek : Strange New Worlds pode ter nos dado o maior e mais intrigante pista do que poderá vir a ser… idealmente ao menos. A terceira temporada da série foi retomada exatamente de onde a segunda temporada parou, resolvendo a subtrama de Gorn na estreia antes de entrar com tudo em uma série de histórias episódicas sobre aventuras (em sua maioria) autônomas. Essa última gira em torno do rosto conhecido de James T. Kirk (Paul Wesley) como primeiro oficial a bordo da USS Farragut, documentando sua primeira experiência significativa ao assumir a responsabilidade de capitão interino em um momento de crise. Ao escolher essas circunstâncias específicas como enredo principal, no entanto, a equipe de roteiristas poderia muito bem ter feito sua melhor apresentação para uma série de sequências que os fãs e a equipe criativa clamaram – Star Trek: Year One. Tudo começa de forma bastante despretensiosa. Enquanto explora um mundo distante e realiza pesquisas geológicas de rotina, o sempre indiferente Kirk reclama da falta de riscos que seu capitão e o resto da tripulação estão dispostos a correr. No entanto, no momento em que ele faz um apelo apaixonado para que realmente coloquem as botas no chão e vejam o que pode ser visto, ele é rudemente interrompido pela explosão de todo o planeta em pedaços atomizados por uma espaçonave – uma que é grande e poderosa o suficiente para desafiar tudo o que pensávamos saber sobre o universo. Separado de Christopher Pike (Anson Mount) e deixado por conta própria com uma equipe reduzida de oficiais da ponte da USS Enterprise, Kirk enfrenta seu primeiro teste de sucesso ou fracasso desde que entrou para a Frota Estelar. Qual é o seu estilo de comando? Ele pode inspirar uma tripulação que mal o conhece? Como ele lidará com o primeiro de muitos cenários sem chance de vitória? O episódio 6, intitulado The Sehlat Who Ate Its Tail”(O Sehlat que comeu sua cauda), fornece essas respostas. E quando a fumaça dessa experiência formativa se dissipar, ela plantará as sementes para o que todos esperamos que seja o sucessor de Star Trek : Strange New Worlds após a sua conclusão, ou seja uma potencial série que mostraria como James T. Kirk se tornaria o audacioso herói da Enterprise que todos conhecemos.