Por Adilson Carvalho

Em 1989 a banda Ramones fez muito sucesso com a canção título de Cemitério Maldito (Pet Semetary), que embalou o clima mórbido da adaptação do livro lançado por Stephen King em 1983. A historia gira em torno de uma família classe média que se muda para uma casa à beira de uma estrada. Próximo dali há um cemitério indígena onde todos que lá são enterrados, voltam à vida, mas como zumbis. A tragédia que se segue transforma a vida de todos a medida que o vizinho misterioso Sr. Judd revela o que sabe sobre o amaldiçoado local. Curiosamente, King morava em uma casa na mesma condição que a retratada na história, à beira de uma movimentada estrada, onde seu filho Owen quase morreu atropelado. King descobriu ainda um um cemitério para os animais que apareciam atropelados, partindo daí a imaginação sombria para a história. O filme dirigido por Mary Lambert fez bastante sucesso trazendo no elenco Dale Midkiff, Denise Crosby e Fred Gwynne, o Herman da série clássica Os Monstros (1964).

Em 2019, Kevin Kölsch e Dennis Widmyer dirigiram uma refilmagem estrelada por Jason Clarke, Amy Seimetz e John Lightgow arrecadando mais de 113 milhões de dólares em todo o mundo contra um orçamento de produção de 20 milhões de dólares e recebendo críticas mistas. O filme de 1989 trazia uma personagem ausente na nova versão: Missy Dandrige (Susan Bloommaert), a empregada doméstica da família de Louis, e que tinha um certo conhecimento sobre a natureza sombria do Cemitério. Uma das imagens mais impactantes do remake foi a sequência é das crianças mascaradas, que fazem marchas fúnebres para enterrar os bichinhos no cemitério de animais. A história ainda se desdobraria em uma prequela Cemitério Maldito: Origens (2023), lançada no Paramount +. Se a morte às vezes é melhor, como disse a frase do marketing original, certamente ela rende de fato histórias bem curiosas, mesmo que mórbidas.