Releitura dos artigos publicados no site da extinta Rádio Vintage

por Sérgio Cortêz

Retrato Em Branco & Preto: Aquela Época Boa e Seus Brinquedos Maravilhosos

Não raro, existe a impressão de que, a cada nova geração, os brinquedos tradicionais parecem ter menor importância, especialmente entre as crianças na chamada “segunda infância”. Pode-se creditar parte desse desinteresse à popularização de dispositivos tecnológicos que oferecem novas formas de entretenimento, tornando boa parte dos brinquedos desinteressantes para uma parcela significativa da garotada que, sob outras circunstâncias, amá-los-ia. Mas nem sempre foi assim: em um tempo não tão distante, os olhos das crianças brilhavam diante das ofertas de brinquedos nas lojas e na televisão.

Era o efeito causado pelo boneco Agarradinho: verdadeira febre em meados da década de 1980, alguns de seus modelos podiam ser encontrados, com relativa facilidade, pendurados nas roupas ou mochilas das meninas. As bicicletas da Monark foram outro bom exemplo de “coqueluche” entre crianças, adolescentes e mesmo adultos durante os anos 70 e 80: concorrente direta da Caloi, a Monark chegou a vender dois milhões de bicicletas por ano! Os jogos de tabuleiro eram igualmente populares nessa época, como o Banco Imobiliário – razão para disputas acaloradas em negociações utópicas, porém divertidas. O pequeno mundo subaquático do Aquaplay, nas suas diferentes versões, também encorajava disputas saudáveis entre jogadores que almejavam a melhor pontuação.

São apenas algumas lembranças de tempos bons e lúdicos, quando celulares, tablets, computadores e aplicativos eram coisas que só encontravam paralelo na ficção científica, enquanto a diversão proporcionada pelos brinquedos – dos mais simples e caseiros aos mais elaborados – era algo comum e bastante real.

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