Adilson Carvalho

O fascínio por Kong, no entanto, começou em 1933, dirigido por Merian C. Cooper e Ernest B. Shoedsack, foi uma reimaginação da fábula A Bela & A Fera marcando a história do cinema com icônica e indelével imagem de Kong no topo do Empire State Building, na época o maior prédio do mundo. Para criar a história que conduzisse a esse momento peculiar, pediu ao escritor norte-americano Edgar Wallace (1875 – 1932), escritor de livros de mistério, que criou o argumento.Na época, a sociedade americana vivia a lenta recuperação do new deal de Roosevelt e o público se conectou com um inusitado romance entre Ann Darrow, uma jovem atriz aspirante e um gigantesco gorila, que na verdade era um boneco de 45,72 cm feito com esqueleto de metal revestido com borracha, espuma e pele de coelho, animado quadro a quadro pelo técnico Willis O’Brien. Cooper e Ernest B. Shoedsack dirigiram juntos o filme para o qual pensaram em Jean Harlow para o papel de Ann Darrow, que acabou ficando com a atriz canadense Fay Wray (1907-2004), então com 26 anos. Wray na verdade era morena e usou uma peruca que ajudou a criar o visual de sua personagem, uma mistura de vulnerabilidade e sensualidade. Com um custo em torno de $670,000, a produção rendeu nove vezes mais na época de seu lançamento original, um fato surpreendente para um momento em que os Estados Unidos se recuperavam de uma recente depressão econômica. Seu sucesso salvou a RKO da falência, um milagre gerado por um filme B.
Mostra Ray Harryhausen – o mestre do cinema stop-motion / Período: 7 a 19 de outubro de 2025 / Local: CAIXA Cultural Rio de Janeiro – Unidade Passeio – Rua do Passeio, 38 – Centro
07 outubro – terça-feira
16h – King Kong (1933, 1h40, Livre)
18h – Poderoso Joe ou Monstro de um mundo perdido (1949, 1h34, Livre)