Adilson Carvalho

Há 68 anos Jerry lee Lewis sacudiu as rádios do mundo em seu piano disparando grandes bolas de fogo em uma época que exalava rebeldia, o alvorecer do rock n’ roll. Talvez seja muito difícil para a atual geração digital alcançar o que foi a era da contestação representada pela segunda metade dos anos 50, estopim do gênero musical que não apenas trazia uma mudança radical de som e melodia, mas sobretudo de costumes, de dar voz pela primeira vez aos jovens que até então eram mal vistos e nunca ouvidos. E foram ouvidos no embalo de Elvis Presley, Chuck Berry, Bill Haley, Little Richard e Jerry Lee Lewis. Conhecida como a era do rockabilly, foi um período de redescobertas no caso do som do piano enfurecido de Lewis gravando pela icônica pela Sun Records, a canção escrita por Otis Blackwell e Jack Hammer. A gravação de Jerry Lee Lewis, lançada em 8 de outubro de 1957, foi classificada como a 96ª melhor canção de todos os tempos pela Rolling Stone. Composta no formato AABA, vendeu um milhão de cópias nos primeiros 10 dias de lançamento nos Estados Unidos, tornando-se um dos singles mais vendidos da época, e se tornando a canção assinatura de Jerry. A canção é repleta de conotações sexuais, o que foi chocante para a comunidade sulista onde Lewis nasceu. O cantor cresceu em um lar religioso e chegou a pensar se deveria ou não gravar a música. Esta veio a batizar a cinebiografia de Jerry Lee Lewis, encarnado por Dennis Quaid em A Fera do Rock (Great Balls of Fire) de 1988. Sua uma vida nada convencional causou um tremendo escândalo ao se se casar com sua prima de 13 anos, chegando a merecer o desprezo e a condenação do público sob a direção de Jim McBride. Infelizmente, o filme também não estão está disponível no streaming. O público também pode ouvir Great Balls of Fire tocada por Anthony Edwards em Top Gun: Ases Indomáveis (1986).