Adilson Carvajho

Um dos musicais favoritos, confesso é Dirty Dancing – Ritmo Quente (Dirty Dancing, 1987) de Emily Ardolino. A história de amor de Babe (Jennifer Grey) e Johnny Castle (Patrick Swayze) é daqueles filmes que se tornam irresistíveis mesmo depois de revisto pela milionésima vez. O local é um resort em Catskills, região montanhosa do estado de Nova York, para onde viajam de férias a família do Dr. Houseman (Jerry Orbach) formada pela esposa Marjorie (Kelly Bishop) e sua filhas Lisa (Jane Bruckman) e Frances, mais conhecida por Baby, papel de Jennifer Grey, que na época ja tinha 27 anos. Filha do ator Joel Grey (Cabaret), Jennifer tinha como papel mais conhecido na época o de irmã azeda de Ferris Bueler (Mathew Broderick) em Curtindo a Vida Adoidado (Ferris Beuler’s Day Off, 1986). Seu papel de Baby mostra seu talento forjando um olhar doce, inocente e até desajeitada de uma menina ainda muito jovem, que se apaixona pelo professor de dança interpretado pelo saudoso Patrick Swayze. Este é çontratado pelo Sr. Max Kellerman (Jack Weston), o dono do resort, para entreter os hóspedes com aulas de dança e preparar a todos pela o encerramento da temporada. Quando Penny (Cynthia Rhodes) engravida e faz um aborto mal realizado que ameaça sua vida, Baby a substitui como parceira de dança de Johnny. Ambos se apaixonam, mas tem sua história de amor ameaçada quando Johnny é erroneamente apontado como o pai da criança abortada, e depois falsamente acusado de roubo. O romance de Johnny é Baby vai além de uma história de amor, também falando de amadurecimento, de conflitos de família e sobretudo, da arte da dança como identidade cultural.

Patrick Swayze, que também era coreógrafo, teve que convencer Jennifer Grey a ficar com o papel de Baby ja que ela não gostava muito dele desde que fizeram Amanhecer Violento (1984). De fato os bastidores de Dirty Dancing eram muitas vezes tensos como na cena em que Johnny é Baby ensaiam e ele toca suavemente as axilas dela, que começa a rir incontrolavelmente para desagrado dele. A diretora decidiu deixar a tomada como estava Zé aproveitando da naturalidade entre o impaciente instrutor e a aprendiz desajeitada. Outro momento difícil foi quando Patrick Swayze recusou ter um duble e fez ele mesmo a cena de equilíbrio no tronco, caindo e se machucando no joelho. A trilha sinora do filme é  perfeita com Patrixk cantando a balada She’s like the wind, a classica Be my Babe das Ronnettes e o  dueto de Bill Medley  com Jennifer Warner na icônica, I’ve Had The Time of My Life,  que lhe rendeu o 1#lugar na Billboard Hot 100. A canção também ganhou em 1988 o Grammy Award para Melhor Performance Pop e um Óscar de melhor canção. Um filme encantador com gosto de vinho que com o passar do tempo foca mais adocicado.

SERVIÇO – CLÁSSICOS DO ROXY
Roxy 5 Gonzaga – Sala 3 (Santos) – Sessões legendadas
 Roxy 6 Brisamar – Sala 4 (São Vicente) – Sessões dubladas
Domingo, 12 de outubro
19h00 – Lendas da Paixão
21h30 – Dirty Dancing