NA TELA DO NETFLIX  | MERGULHO NOTURNO

Por Adilson Carvalho

Eu esperava bem mais da associação da Blumhouse com a Atomic Monster de James Wan. Apesar de nos levar para as profundezas de uma piscina, o roteiro é raso demais e nunca convence em sua trama de um ex jogador de baseball (Wyatt Russell de Falcão & o Soldado Invernal) que deixa o esporte por conta de um diagnóstico de Esclerose Múltipla, e se muda com a família para uma casa com uma enorme piscina. A ideia é de usar a piscina como parte de um tratamento fisioterapeutico, que até funciona já que a piscina demonstra propriedades curativas. O problema é que a piscina está impregnada de uma força sobrenatural maligna, assombrada por fantasmas, e que possui Ray (Russell).

Uma piscina mal assombrada poderia até render uma história de terror interessante, se justificada p9r um roteiro bem amarrado. A restrição do espaço da piscina como manifestação fantasmagórica é visivelmente esticada já que o filme é adaptação de um curta de 2014, escrito pelo diretor Bryce McGuire. Resta muito pouco em cena para Russell, filho dos astros Goldie Hawn e Kurt Russell, e a competente Kenny Condon (de Os Banshees de Inisherin) como a esposa que vai seguir as “pistas” bem óbvias de que há algo errado com a piscina. A sequência da festa em que Ray é responsável por uma quase tragédia não gera a tensão desejada para o público ficando  no campo do cliché esperado para oferecer algo, que no final não leva a nada. O primeiro filme de terror do ano acaba afogando as expectativas em um mergulho bem desinteressante.

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