Poema de Sérgio Cortêz
“Estação Francisco Sá”

Foi quando teu silêncio
deu lugar ao nada resta:
sem aqueles passos de outrora,
sem as mesmas conversas de antes,
sem instantes, sem passado, sem memória.
*
E foi então que as plataformas
deformaram-se em ruínas
engolidas por si mesmas
e com passos que não mais caminham
sem vagões, sem trilhas, sem ramais.
*
Vou mais longe na lembrança
da estação despedaçada:
meu coração espera o apito de um trem.
*
In: “Manual Da Poesia Fajuta” (Wattpad, 2015)
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