Por Adilson Carvalho

Se estiivesse vivo, o ator Jackie Coogan completaria hoje 111 anos. Em 1921, o ator, então com 7 anos, brilhou ao lado de Charles Chaplin no clássico O Garoto (The Kid). Sua carreira artística decolou, lhe garantindo um contrato com a MGM que rendeu US$ 1 milhão por ano. Após problemas financeiro com seus pais, ele ajudou a organizar e aprovar a lei Coogan Bill, que protegeu os atores infantis contra esse tipo de abuso no futuro. A mãe e o padrasto de Jackie gastaram todo o dinheiro ganho pelo ator até que quando ele alcançou a maioridade, nada mais restava. Chaplin ajudou Jackie financeiramente até que o ex ator mirim conseguiu o papel de Tio Fester na clássica série A Família Addams (1964/1966), que reacendeu sua carreira. Jackie Sempre considerou seu momento de maior orgulho o reencontro com Charles Chaplin em 1972. Após duas décadas de exílio nos Estados Unidos, Chaplin retornou em março daquele ano para receber o Medalhão Handel em Nova York e um Oscar especial de realização vitalícia em Hollywood. Coogan foi uma das várias pessoas que estavam presentes para cumprimentar Chaplin quando ele chegou ao Aeroporto Internacional de Los Angeles. Depois de cumprimentar os outros membros da festa com apertos de mão superficiais, Chaplin reconheceu imediatamente Coogan (que não via há décadas) e o abraçou calorosamente, dizendo: “Sabe, acho que prefiro ver você do que qualquer outra pessoa“. Mais tarde, Chaplin disse à esposa de Coogan: “Você nunca deve esquecer que seu marido é um gênio“.