DUBLADORA SELMA LOPES ESTEVE PRESENTE NA FAETEC

ACS

A atriz e dubladora Selma Lopes esteve presente em um debate sobre o uso da inteligência artificial em contraponto à atividade humana na Feira de Ciências da Faetec, escola técnica do Rio de janeiro. Acompanhada do também dublador Alexandre Maguolo (Loki), Selma juntou-se a Pietro Luigi, aluno do 3º ano do Ensino Médio da Escola Técnica Estadual República aprofundasse a pesquisa “A voz humana importa: os desafios da dublagem humana diante do uso da IA”. O trabalho, exposto na edição 2025 da Feira de Ciências, levou informação e muitas curiosidades sobre o ofício da dublagem. “O que me motivou a realizar este projeto foi o amor que eu tenho pela profissão dos dubladores brasileiros. Em relação a tudo que ela nos proporciona, a gente cresce ouvindo a dublagem, e o trabalho tem por objetivo mostrar os detalhes para que ela não seja robótica com o uso da inteligência artificial”, diz Pietro Luigi, que sonha em ser dublador profissional.
A primeira obra dublada na história do Brasil foi Branca de Neve e os Sete Anões em 1938, com Dalva de Oliveira interpretando a personagem principal. Naquela época, os filmes estrangeiros eram legendados, algo pouco acessível por conta do alto índice de analfabetismo. Isso só começou a mudar na década de 1960, quando o então presidente Jânio Quadros assinou um decreto determinando que todas as produções estrangeiras exibidas na televisão fossem dubladas. Essa medida criou o mercado de dublagem e levou a diversos estúdios de dublagem como o Herbert Richers, a Cine Castro, a AIC e outros. Selma Lopes, voz de personagens emblemáticos como Marge Simpson, Vovó Willow, Ligeirinho, Mama Odie, além de ser a voz de Whoopi Goldberg, nas produções cinematográficas, conferiu o resultado da pesquisa de Pietro, que vem sendo orientado pela professora Michele de Souza, que leciona espanhol e é coordenadora do Núcleo de Ensino de Línguas da Escola Técnica Estadual República ( NEL/ETER). Atualmente o projeto de Lei 4041/2025 prevê a proteção da atividade de dublagem no Brasil, estabelecendo regras para contratação de profissionais e empresas nacionais e regulamenta o uso de inteligência artificial na dublagem. Desenvolvido pela ADDC- Associação de Dubladores Dário de Castro.

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