MOSTRA TERRÍVEL 4 | REPULSA AO SEXO ⭐⭐⭐⭐⭐

Marcelo Kricheldorf

Repulsa ao Sexo (Repulsion) é um filme de terror psicológico dirigido por Roman Polanski, lançado em 1965. O filme apresenta a história de Carol, uma jovem mulher que começa a experimentar uma série de alucinações e delírios após ser abandonada por sua irmã. Neste artigo, vamos explorar a psicologia da alienação, a representação da sexualidade feminina, a atmosfera de tensão e suspense, e outros aspectos importantes do filme. A psicologia da alienação está no foco principal do filme. A protagonista, Carol, é uma jovem mulher que se sente isolada e desconectada da sociedade. Ela é apresentada como uma pessoa tímida e introvertida, que tem dificuldade em se relacionar com os outros. A cena em que Carol está sozinha em seu apartamento, rodeada por objetos pessoais, é um exemplo disso. A câmera filma Carol de forma isolada, enfatizando sua solidão e alienação.
A representação da sexualidade feminina é outro tema importante no filme. Carol é apresentada como uma pessoa que tem dificuldade em lidar com sua própria sexualidade. A cena em que Carol tem um delírio sobre um homem que a está atacando é um exemplo disso. A representação da sexualidade feminina no filme é complexa e profunda, e não se limita a uma visão simplista ou estereotipada. A atmosfera de tensão e suspense é fundamental para o filme. Polanski utiliza uma variedade de técnicas para criar uma atmosfera tensa, incluindo a utilização de música, iluminação e câmera. A cena em que Carol está sozinha em seu apartamento e começa a ouvir ruídos estranhos é muito bem trabalhada no filme. A atmosfera se torna cada vez mais tensa e cheia de suspense à medida que o filme avança. A performance de Catherine Deneuve como Carol é fundamental para o filme. Deneuve traz uma intensidade e uma vulnerabilidade ao personagem, que o torna crível e simpático. A cena em que Carol tem um colapso emocional é um exemplo disso. A performance de Deneuve é sutil e contida, mas ao mesmo tempo intensa e emocional.
Polanski utiliza elementos de terror para criar a atmosfera do filme, incluindo a utilização de música e iluminação. O filme também explora temas comuns no terror, como a isolamento e a vulnerabilidade. O filme é uma crítica à sociedade burguesa e aos valores da classe média. A cena em que Carol está em um restaurante com seu namorado é um exemplo disso. A conversa entre os dois é superficial e vazia, e a câmera filma a atmosfera de forma crítica. Os espelhos são um símbolo importante no filme. A cena em que Carol se olha no espelho e começa a ter um delírio é um exemplo disso. Os espelhos representam a fragmentação da identidade de Carol e sua dificuldade em se reconhecer. A relação entre Carol e sua irmã é importante para o filme. A irmã de Carol é apresentada como uma pessoa mais confiante e segura, que tenta ajudar Carol a superar seus problemas.
No que se refere a decupagem, a câmera e a edição são fundamentais para criar a atmosfera do filme. Polanski utiliza uma variedade de técnicas, incluindo close-ups e planos longos, para criar uma atmosfera tensa e cheia de suspense. A cena em que Carol está sozinha em seu apartamento é um exemplo disso. Repulsa ao Sexo é um filme importante na filmografia de Roman Polanski. O filme mostra a habilidade do diretor em criar atmosferas tensas e em explorar temas complexos como a alienação e a sexualidade. Vale a pena assistir.

Ficha Técnica

Título: Repulsa ao Sexo (Repulsion)
Direção: Roman Polanski
Roteiro: Roman Polanski e Gérard Brach
Música: Chico Hamilton
Cinematografia: Gilbert Taylor
Edição: Alastair McIntyre
Duração: 105 minutos
Gênero: Terror Psicológico, Drama
Lançamento: 1965
País: Reino Unido
Idioma: Inglês