Adilson Carvalho

Em Predador: Terras Selvagens filme de ficção científica de Dan Trachtenberg, que chegou aos cinemas na última quinta (7/11), Elle Fanning interpreta Thia, uma androide encontrada pelo Yautja Dek (Dimitrius Schuster-Koloamatangi) no perigoso mundo alienígena de Genna, um lugar inóspito, povoado por todos os tipos de flora e fauna letais. As árvores possuem tentáculos velozes que se estendem para agarrar potenciais presas. Os campos são cobertos por grama afiada como navalha, e a paisagem é repleta de macacos indestrutíveis, mega-bisontes e enguias terrestres que cospem ácido. Dek veio a Genna especificamente para caçar uma besta lendariamente indestrutível chamada Kalisk, um cruzamento entre King Kong e um porco-espinho. Dek encontra Thia — ou, mais especificamente, sua metade superior — amarrada a uma árvore em Genna. Ela explica que foi rasgada ao meio e dada como morta enquanto pesquisava criaturas como parte de uma elaborada missão de coleta de espécimes. Durante a maior parte do filme, Dek carrega a parte superior do corpo de Thia pela perigosa paisagem enquanto ela tagarela sem parar, curiosa sobre a espécie de Dek, mas também o alertando sobre o funcionamento daquele bioma. Ele permanece ríspido e taciturno o tempo todo. Mais tarde no filme, é revelado que Thia tem uma “irmã” androide chamada Tessa (também interpretada por Fanning). As atuações de Fanning são maravilhosas, infundindo suas duas personagens androides com toques de humanidade. Ela também consegue, no entanto, dar às suas personagens as qualidades artificiais apropriadas, de modo que o público nunca perde de vista o fato de que são seres sintéticos. Elas são, alternadamente, estranhamente humanas e desumanas. E parece que alguns dos talentos incomuns de Fanning contribuíram para essas atuações. Em uma nova entrevista à EW, Fanning revelou que conseguiu perturbar imensamente seu colega de elenco pelo fato de ter articulações duplas nos cotovelos e não precisar piscar por longos períodos. Os cotovelos com dupla articulação e os olhos enigmáticos de Elle Fanning ajudaram-na a interpretar uma androide. Fanning tinha orgulho de seus talentos naturais. Ela admite que gostou de surpreender Schuster-Koloamatangi com seus olhos arregalados e braços flexíveis. Em suas palavras: “Eu tenho cotovelos com dupla articulação, o que é mostrado em algumas cenas, e disso me orgulho. […] Dan adorou isso. […] Também consigo manter meus olhos abertos por muito tempo sem piscar, então gostaria de dizer que fiz isso por conta própria. Eles não usaram computador para isso. Há uma cena em que preciso parecer desligada, como um robô desligado, e mantive meus olhos abertos. Era eu mesma.” Considerando que a personagem Thia é jogada de um lado para o outro no filme e passa boa parte do filme amarrada nas costas de Dek, ter braços moles era necessário. E, como Schuster-Koloamatangi apontou, foi um dos poucos momentos do filme que não exigiu efeitos especiais adicionais. Trachtenberg admitiu recentemente que a quantidade de efeitos visuais foi um desafio único para ele, então qualquer desculpa para usar efeitos práticos era provavelmente aproveitada. Como os cotovelos da Fanning