Adilson Carvalho

Um dos maiores clássicos de Hollywood, O Mágico de OZ (The Wizard of Oz, 1939) de Victor Fleming, estrelado por Judy Garland, é trazido de volta à memória com o lançamento de Wicked – Parte II em breve. Produzido pela Metro e adaptado da obra de L. Frank Baum, o filme tornou-se um marco na história de cinema eternizando a voz de Judy Garland cantando Over The Rainbow. Na história, Dorothy (Judy Garland) e seu cachorro Totó são levados para a terra mágica de Oz quando um ciclone passa pela fazenda de seus avós no Kansas. Eles viajam em direção à Cidade Esmeralda para encontrar o Mago Oz e no caminho encontram um Espantalho, que precisa de um cérebro, um Homem de Lata sem um coração e um Leão Covarde que quer coragem. O Mago pede ao grupo que tragam a vassoura da Bruxa Malvada do Oeste a fim de ganharem sua juda. O elenco também traz Ray Bolger como o Espantalho, Jack Haley como Homem de Lata. Bert Lahr como o Leão Covarde, além de Billy Burke e Margaret Hamilton como A Fada e a Bruxa, respectivamente os papéis de Ariana Grande e Cynthia Érivo em Wicked.
#1. Judy Garland achava difícil ter medo de Margaret Hamilton, que fazia o papel da bruxa má, porque ela era uma senhora muito simpática fora das câmeras. Mais tarde, Judy Garland se referiria ao pequeno Oscar Juvenil que ganhou na cerimônia do Oscar de 1939 como o Prêmio Munchkin.
#2. Em 1898, Dorothy Louise Gage nasceu, filha do irmão e da cunhada de Maud Gage Baum, esposa do autor L. Frank Baum. Quando a pequena Dorothy morreu, exatamente cinco meses depois, Maud ficou com o coração partido. Baum estava terminando O Maravilhoso Mágico de Oz e, para consolar sua esposa, batizou sua heroína com o nome de Dorothy, mudando seu sobrenome para Gale em seu terceiro livro. Dorothy Gage foi enterrada no Cemitério Evergreen Memorial, em Bloomington, Illinois, onde seu túmulo ficou esquecido até 1996, quando foi redescoberto. Quando Mickey Carroll, um dos últimos Munchkins existentes do filme, soube da descoberta, ficou ansioso para substituir a lápide deteriorada por uma nova, criada por sua própria empresa de monumentos. A nova lápide foi inaugurada em 1997 e a seção infantil do cemitério foi renomeada como Dorothy L. Gage Memorial Garden, na esperança de que as famílias enlutadas fossem consoladas ao pensar que seus filhos perdidos estavam com Dorothy, de O Mágico de Oz.
#3. Os icônicos sapatos vermelhos estão agora no Museu Nacional de História Americana do Instituto Smithsonian e são tão populares que o tapete à sua frente já teve que ser substituído várias vezes devido ao desgaste.
#4. A memorável canção Over the Rainbow quase foi cortada do filme; a MGM achava que ela tornava a sequência do Kansas muito longa, além de ser muito difícil de entender para as crianças a quem se destinava. O estúdio também achou que era degradante para Judy Garland cantar em um curral. Uma reprise da música foi cortada: Dorothy a cantava para lembrar do Kansas enquanto estava presa no castelo da Bruxa. Garland começou a chorar, junto com a equipe, porque a música era muito triste.
#5. Ray Bolger foi originalmente escalado para o papel do Homem de Lata. No entanto, ele insistiu que preferia interpretar o Espantalho — seu ídolo de infância, Fred Stone, havia criado esse papel no palco em 1902. Buddy Ebsen havia sido escalado para o papel do Espantalho e agora trocou de papel com Bolger. Sem que ele soubesse, porém, a maquiagem do Homem de Lata continha pó de alumínio, que acabou revestindo os pulmões de Ebsen. Ele também teve uma reação alérgica ao produto. Um dia, ele ficou fisicamente incapaz de respirar e teve que ser levado às pressas para o hospital. O papel foi imediatamente reescaldo e a MGM não divulgou publicamente o motivo da substituição de Ebsen. O ator considerou isso a maior humilhação que já havia sofrido e uma afronta pessoal. Quando Jack Haley assumiu o papel do Homem de Lata, ele não foi informado do motivo pelo qual Ebsen havia desistido (e, nesse meio tempo, a maquiagem do Homem de Lata foi alterada de pó de alumínio para pasta de alumínio como um de seus principais componentes). No entanto, sua voz permanece sempre que a música We’re off to see the Wizard é tocada. A voz de Jack Haley nunca foi usada durante a música, mas foi usada em If I Only Had a Heart e If I Only Had the Nerve. A voz de Ebsen também é ouvida na versão estendida de If I Were King of the Forest, embora a parte falada seja de Haley. Embora Ebsen não tenha aparecido no filme, fotos que sobreviveram mostram ele participando da sequência do castelo da Bruxa Má.
#6. O Mágico de Oz (1939) passou por três estúdios de dublagem: Primeiro pela Herbert Richers no início dos anos 80, quando foi exibido pela primeira vez na Tv brasileira, pela rede Globo, depois pela Telecine, e mais recentemente pela S&C paulista
