Adilson Carvalho
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A temporada de premiações está prestes a começar e este ano os principais candidatos ao Oscar surgiram na pole position em um estágio notavelmente precoce, com Uma Batalha Após a Outra (One Battle After Another) o tão esperado último filme de Paul Thomas Anderson, indicado 11 vezes, que deve pôr fim à sua longa sequência de derrotas no Oscar. Mas, como provou a disputa pelo prêmio de Melhor Atriz do ano passado entre a favorita de longa data Demi Moore e a vencedora Mikey Madison, a disputa pelo Oscar é uma entidade fluida e em constante mudança, com mais reviravoltas do que Bugonia, de Yorgos Lanthimos. À medida que a disputa deste ano se intensifica, começam as habituais previsões para o Oscar 2026. O em torno de Uma Batalha Após a Outra (One Battle After Another) pode atrair os setores mais influentes da Academia. Começando com as categorias de atuação, com Regina Hall e Benicio del Toro sendo obviamente os mais vulneráveis. No entanto, a vantagem que parece ter atualmente nas categorias de Melhor Ator (Leonardo DiCaprio), Melhor Atriz (Chase Infiniti) e Melhor Atriz Coadjuvante (Teyana Taylor) é uma prova do núcleo emocional do filme, que impulsionará o apoio a longo prazo. Não muito atrás, porém, está Hamnet, de Chloé Zhao, o prestigioso filme da diretora de Nomadland e Eternos, que já gerou um burburinho significativo graças à atuação principal de Jessie Buckley, ao papel coadjuvante de Paul Mescal e aos trajes históricos do filme (que também conquistará apoio nas categorias técnicas).
Valor Sentimental (Sentimental Value) pode ter a continuidade da recente tendência iniciada em Cannes de dramas globais de alto nível que fazem sucesso entre o eleitorado cada vez mais internacional da Academia, enquanto Pecadores (Sinners) ocupa um lugar importante como um grande sucesso de bilheteria com poder de estrela, apoio da crítica e sucesso comercial, reforçando sua posição sólida na corrida de 2026, e possível indicado na nova categoria da Academia de Melhor Elenco (Achievement in Casting). As vagas restantes parecem estar em aberto até certo ponto, com Marty Supreme, de Timothée Chalamet, Frankenstein, de Guillermo del Toro, e Bugonia já que desconsiderar Yorgos Lanthimos ou Emma Stone pode ser arriscado, enquanto Wicked – Parte II também parece uma escolha sólida para completar a categoria um ano depois que seu antecessor dominou a lista de indicações — assim como o musical de época O Testamento de Ann Lee (The Testament of Ann Lee), ainda não lançado no Brasil. Claro, que o que todos queremos saber é se O Agente Secreto de Kleber Mendonça Filho fará o mesmo impacto que Ainda Estou Aqui este ano. Ficamos na torcida por Wagner Moura.