PACINO EM …. O PODEROSO CHEFÃO ⭐⭐⭐⭐⭐

Marcelo Kricheldorf

O Poderoso Chefão (The Godfather, 1972), dirigido por Francis Ford Coppola, é um clássico do cinema que conta a história de Michael Corleone (Al Pacino), um jovem idealista que se torna o líder de uma família mafiosa. O filme é um clássico que explora temas como a família, a lealdade, o poder e a corrupção. A história começa em 1945, com a celebração do casamento da filha de Don Vito Corleone (Marlon Brando). Enquanto isso, Michael Corleone (Al Pacino), o filho mais novo de Don Vito, retorna da guerra e se envolve na vida da família. No entanto, quando Don Vito é atacado, Michael é forçado a assumir o controle da família e se tornar um líder implacável. A família é um tema central no filme. A lealdade e a honra são valores fundamentais para os Corleone, e Michael é forçado a escolher entre sua família e sua própria moralidade. A relação entre Don Vito e seus filhos é complexa e profunda, e o filme explora a tensão entre a lealdade familiar e a ambição pessoal.
A ascensão de Michael Corleone ao poder é outro tema abordado filme. Ele começa como um jovem idealista, mas é gradualmente corrompido pelo poder e pela violência. A transformação de Michael é um processo lento e doloroso, e o filme explora a complexidade de sua personalidade. O filme é uma representação da cultura italiana-americana e da Máfia nos anos 1940 e 1950. A Máfia é retratada como uma instituição cultural e social, com suas próprias regras e códigos de conduta. A narrativa explora a tensão entre a cultura italiana-americana e a sociedade americana mais ampla. A direção de Francis Ford Coppola é uma das principais razões pelas quais O Poderoso Chefão é um clássico do cinema. Coppola usa técnicas cinematográficas inovadoras, como a iluminação e a composição, para criar um ambiente sombrio e intenso. O filme é uma obra-prima da cinematografia, e a direção de Coppola é uma das principais razões pelas quais ele é considerado um dos maiores diretores de todos os tempos. A cinematografia de O Poderoso Chefão (1972) através da fotografia Gordon Willis, é lendária por seu uso revolucionário de luz e sombra, que estabeleceu um tom sombrio e simbolicamente rico para a narrativa. A abordagem visual do filme foi inspirada no estilo chiaroscuro de pintores clássicos como Rembrandt e Caravaggio, usando a escuridão não apenas como um pano de fundo, mas como um elemento narrativo fundamental que reflete a ambiguidade moral da família Corleone. Willis abandonou a iluminação brilhante e uniforme de Hollywood da época, optando por um mundo dominado por sombras intensas. O uso de luz e escuridão cria um contraste nítido entre a vida familiar “normal” (festas de casamento) e os negócios sombrios e secretos da máfia, que ocorrem em salas fechadas e mal iluminadas. A cinematografia utiliza tons sépia e latão, que dão ao filme uma sensação retrô e calorosa, evocando uma nostalgia que contrasta com a violência e a crueldade da trama. A escolha dos planos e ângulos de câmera é proposital e contribui para a sensação de poder, isolamento e tensão:
A utilização Ângulos Baixos (contra plongée) são usados frequentemente para filmar Don Vito Corleone (Marlon Brando).Esses ângulos criam um senso de poder, domínio e autoridade, fazendo com que ele pareça uma figura imponente. Coppola utilizou planos longas tomadas para criar uma sensação de realismo e imersão, permitindo que o público absorvesse a complexidade das cenas sem cortes abruptos. Embora as cenas da máfia fossem sombrias, close-ups focados em rostos enfatizaram as emoções dos personagens e os conflitos internos, especialmente durante momentos cruciais de decisão. A utilização do Planos Conjunto se faz presente.O posicionamento dos personagens no frame é meticuloso. Muitas vezes, o personagem principal (como Michael ou Vito) está sentado em uma posição central e de poder, enquanto os outros ficam ao redor, em pé, mostrando a hierarquia familiar. No que se refere a construção da Mise-en-scène. As cenas importantes de negócios e conspirações ocorrem em escritórios fechados, com cortinas pesadas, que isolam o mundo da máfia da luz do dia e da vida “legal” lá fora. O design de produção detalhado, desde as próteses faciais de Brando (para dar a ele uma aparência de “bulldog” mais velha) até os figurinos elegantes e os cenários luxuosos, ajudam a estabelecer o tom de uma família poderosa, mas enraizada no crime. Elementos como a laranja (que precede mortes na trilogia) ou o uso de portas fechando (como no final do primeiro filme, isolando Kay de Michael), são usados simbolicamente para denotar separação, destino e a natureza secreta da organização.
A trilha sonora do filme, composta por Nino Rota, é uma das mais icônicas da história do cinema. A música é uma parte integral do filme, e contribui para a atmosfera e a emoção do filme. A trilha sonora de Rota é uma obra-prima em si mesma, e é considerada uma das melhores de todos os tempos. O filme foi um sucesso crítico e comercial quando foi lançado em 1972. O filme recebeu várias indicações ao Oscar, incluindo Melhor Filme e Melhor Diretor, e venceu em três categorias. O filme é considerado um clássico do cinema, e sua influência pode ser vista em muitos outros filmes e séries de TV. A obra teve um impacto significativo na indústria cinematográfica. O filme é considerado um dos melhores de todos os tempos, e sua influência pode ser vista em muitos outros filmes e séries de TV. O filme mudou a forma como os filmes de crime e máfia são feitos, e é considerado um dos principais responsáveis pela popularização do gênero. A atuação de Al Pacino e Marlon Brando é uma das principais razões pelas quais O Poderoso Chefão é um clássico do cinema. Pacino e Brando são dois dos maiores atores de todos os tempos, e sua performance no filme é simplesmente incrível. A química entre os dois atores é palpável, e sua atuação é uma das principais razões pelas quais o filme é tão eficaz. Foi um marco importante na carreira de Al Pacino. O filme o estabeleceu como um dos principais atores de Hollywood, e sua performance como Michael Corleone é considerada uma das melhores de todos os tempos. O filme também o ajudou a se estabelecer como um ator versátil e capaz de interpretar papéis complexos. Este é um clássico do cinema que continua a ser celebrado até hoje.

Ficha Técnica

  • Título Original: The Godfather
  • Direção: Francis Ford Coppola
  • Produção: Albert S. Ruddy (Paramount Pictures)
  • Roteiro: Francis Ford Coppola, Mario Puzo (baseado no romance de Mario Puzo)
  • Elenco Principal:
    • Marlon Brando como Don Vito Corleone
    • Al Pacino como Michael Corleone
    • James Caan como Santino “Sonny” Corleone
    • Robert Duvall como Tom Hagen
    • Diane Keaton como Kay Adams
  • Gênero: Crime, Drama
  • Duração: 175 minutos (2h55)
  • País: EUA
  • Ano: 1972
  • Idioma: Inglês, Italiano
  • Fotografia: Gordon Willis
  • Trilha Sonora: Nino Rota
  • Orçamento: ~$6-7 milhões

Prêmios

  • Oscar 1973: Venceu em 3 categorias (Melhor Filme, Melhor Ator – Marlon Brando, Melhor Roteiro Adaptado).

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