IN MEMORIAN | BRIGITTE BARDOT

Adilson Carvalho

A atriz Brigitte Bardot, um dos nomes mais icônicos do cinema, morreu aos 91 anos neste domingo (28/12). A causa da morte não foi divulgada, embora fosse de conhecimento público que ela estivesse passando por alguns problemas de saúde. Brigitte Anne-Marie Bardot nasceu em Paris, em 28 de setembro de 1934, tendo se tornado bailarina e modelo antes de ingressar no cinema em 1952, no filme A Garota do Biquíni, mas foi em 1956 que ganhou fama mundial com E Deus Criou a Mulher, dirigido por seu 4então marido, Roger Vadim, que a tornou um sex simbol mundial e carregando a alcunha de “A Garota que inventou o Saint Tropez” . Em 1964 esteve no Brasil onde marcou passagem pela Praia de Buzios. A cidade a homenageou com uma estátua de bronze de frente para a Orla Bardot. Esteve ao lado de Sean Connery no western Shalako (1964) e trabalhou com Jean Luc Goddard em O Desprezo (1968), que lhe rendeu uma das suas performances mais icônicas. A diva se aposentou  do cinema em 1973, aos 39 anos, e passou a se  dedicar ao ativismo pelos direitos dos animais, criando a Fundação Brigitte Bardot em 1986. A organização atua em resgate, proteção e campanhas de esterilização. Sua vida teve altos e baixos com tentativas de suicídio, declarações racistas e ligações notórias com a extrema direita francesa. Mãe de Nicolas-Jacques Charrier (nascido em 11 de janeiro de 1960), que foi criado pela família do pai e não teve contato com Bardot até a idade adulta. Em 1997, Nicolas processou Brigitte com sucesso por causa das descrições que ela incluiu em suas memórias, nas quais se referia ao filho como um “tumor” e dizia que teria “preferido dar à luz um cachorrinho”. (Ela também revelou que, na tentativa de abortar a criança, deu vários socos no próprio estômago e pediu morfina ao médico.) Nicolas e Jacques Charrier alegaram que os detalhes gráficos do livro sobre a discórdia conjugal e a rejeição da criança constituíam uma violação de sua privacidade — um delito civil na França. Um tribunal francês condenou Bardot a pagar 17.000 euros por danos morais. Nuances dicotomicas de uma atriz que deixou uma carreira oposta a sua vida pessoal tumultuada.  Que descanse em paz!

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