Lembrando Elizabeth Taylor

Uma das maiores estrelas de Hollywood, famosa por seus belíssimos olhos violeta e um talento ímpar na clássica Hollywood teria completado 90 anos neste último domingo. Elizabeth Taylor fez “Cleópatra” (1963), uma sensual prostituta de luxo em “Disque Butterfileld 8” (1960), papel pelo qual ganhou seu primeiro Oscar, seis anos de repetir o feito com uma atuação intensa e dramática em “Quem Tem Medo de Virgínia Woolf?” (1966). Sua vida e carreira foi muito além disso.

Elizabeth Taylor (1932-2011) nasceu em Londres, no dia 27 de fevereiro de 1932, sete anos antes de se mudar com a família para os Estados Unidos. Começou sua carreira ainda criança, aos dez anos no filme “There’s One Born Every Minute“, e no ano seguinte fez em 1942, quando tinha dez anos. Um ano depois fez para a MGM o primeiro da série Lassie no filme “A Força do Coração” (1942), papel pelo qual recebeu $100 por semana, e lhe valeu uma amizade para toda a vida com o ator Roddy McDowall (1928-1998), este então aos 14 anos. Cresceu na MGM e chegou aos 18 anos no papel de filha de Spencer Tracy (1900-1967) na comédia romântica “O Papai da Noiva” (1950), lançado 12 dias depois do casamento da atriz com Conrad Nicholson Hilton Junior, herdeiro de uma cadeia de hotéis e primeiro de sete maridos que teve.

Durante as filmagens de “Um Lugar ao Sol” (1951), teria se apaixonado pelo seu co-star Montgomery Clift (1920-1966), mas o ator era homossexual, o que não impediu que se tornassem grandes amigos, até a morte dele em 1966. No ano seguinte fez a judia Rebecca no romance histórico “Ivanhoe”, contracenando com Robert Taylor (1911-1969) . No mesmo ano casou-se com o ator inglês Michael Wilding com quem teve dois filhos. A década de 50 trouxe uma estrela cada vez mais madura, no auge de sua estonteante beleza em papéis inesquecíveis como a apaixonada Helen de “A Ùltima Vez que Vi Paris” (1954), a Texana Leslie de “Assim Caminha a Humanidade” (1956), a indomável Maggie da peça de Tenesse Williams em “Gata em Teto de Zinco Quente” (1958). O avanço bem sucedido de sua carreira contrastou com uma vida pessoal extremamente tumultuada: O fim de seu casamento com Wilding foi seguido de um terceiro casamento em 1957 com o produtor Mike , que terminou em tragédia quando ele morreu em um acidente aéreo quando tinham apenas seis meses juntos. Nada se comparou, no entanto, com a super exposição na mídia quando se casou com o cantor Eddie Fisher dois anos depois. Fisher era casado com a atriz Debbie Reynolds, melhor amiga de Liz Taylor.

Na época foi um grande escândalo em Hollywood levando a atriz a ser chamada de viúva negra. O casamento não durou muito, e três anos depois Elizabeth conheceria o ator inglês Richard Burton (1925-1984) , que foi considerado o grande amor de sua vida. Eles se conheceram durante as filmagens de “Cleópatra” (1963), com ele iniciou um romance tempestuoso, que os manteria permanentemente nos jornais e revistas nos quinze anos seguintes. Durante as filmagens de Cleópatra pegou uma pneumonia dupla que quase a matou, sendo obrigada a passar por uma traqueostomia. Viciada em álcool e analgésicos, conseguiu recuperar-se, depois de vários internamentos.

Foi ao lado de Richard Burton que ela conquistou seu segundo Oscar, pelo filme “Quem Tem Medo de Virgínia Woolf?” (1966). Liz representava uma mulher madura, chata, desarrumada, despenteada, dada à bebida, diferente daquela beleza bem-comportada de “Disque Butterfield 8” (1960), que não gostou de fazer apesar de levar seu primeiro Oscar.

Apesar de separada de Burton, voltou a se casar com ele novamente um ano após seu divórcio mas essa reconciliação durou muito pouco. Logo apaixonou-se pelo fazendeiro e político John Warner, mas o casamento durou de 1976 até 1982, época em que Liz engordou 30 quilos. Certa vez disse “Cada vez que me apaixonei, me casei. Minha moral me impede de ter apenas aventuras”. Em 1991, Elizabeth ainda viria a se casar com o caminhoneiro Larry Fortensky, seu oitavo casamento aos 59 anos.

Em fevereiro de 1997, aos 65 anos, foi diagnosticada com um tumor benigno na cabeça. A cirurgia foi um sucesso e logo estava recuperada. Com a cabeça raspada e com uma cicatriz de sete centímetros, Elizabeth pousou para capa da revista Paris Match. Em sua homenagem a cidade de Los Angeles mudou o nome da rua que cruza o Hollywood Boulevard, para “Passagem Elizabeth Taylor”.

Elizabeth Taylor teve quatro filhos, Michael Wilding jr (1953) Cristopher Wilding (1955), Liza Todd (1957) e Maria que ela adotou com Burton, na época das filmagens de Cleópatra. Elizabeth Taylor faleceu em Los Angeles, Califórnia, Estados Unidos, no dia 23 de março de 2011 de insuficiência cardíaca. Nesse dia choramos sua partida e lembramos eternamente da sombra de seu sorriso como na canção “The Shadow of Your Smile“, tema romântico de “Adeus às Ilusões” (1965) que serve d epitáfio para uma beleza sem igual, uma atriz fantástica, um mito no firmamento hollywoodiano, todas as coisas adoráveis enfim que é para mim, para todos nós que a admiramos.

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