The Batman na HBOMAX (crítica)

Depois dos tropeços e erros cometidos na construção de seu universo compartilhado é bom que Matt Reeves tenha assumido a sobriedade em tratar um ícone dos quadrinhos como Batman. Sua proposta ganha não apenas por se desprender deste emaranhado de continuidade desastrosa como também por investir em um herói menos super, porém mais detetivesco, flertando com a estética noir que muito bem cabe em um personagem como o homem morcego em uma cidade de sombras como Gotham City.  É o filme mais longo do personagem com 2 horas e 55 minutos equilibrando ação e investigação. O produtor Dylan Clark, colaborador de longa data de Matt Reeves, acrescenta que ele conseguiu tornar o personagem mais acessível emocionalmente e psicologicamente, se aproximando bastante dos thrillers policiais dos anos 70, tal qual “Chinatown” (1974), e a relação Batman/Comissário Gordon remete a “Todos os Homens do Presidente” (1976). Essa nova roupagem em cima de personagens tão familiares aos leitores de quadrinhos consegue não apenas ser mais realista como também atrativa para os não-iniciados nos quadrinhos do herói.

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