CLÁSSICO REVISITADO : A FESTA DO MONSTRO MALUCO

Por Adilson Carvalho

Hoje é o dia das crianças e decidi homenagear a criança que fui falando de uma animação que marcou toda minha geração. A Festa do Monstro Maluco foi realizada pelo diretor e produtor Jules Dassin (O Hobbit). Assisti pela primeira em uma Sessão da Tarde, perdida nos recantos de minhas reminiscências nos idos de 1981.

Na história, o presidente da Organização Mundial dos Monstros, o Barão Frankenstein convida à sua Ilha do Mal uma seleta galeria de tipos sinistros para anunciar a descoberta de uma fórmula de desintegração da matéria e designar seu sucessor no comando da organização, seu sobrinho Félix, um pacato farmacêutico míope. São reunidos Drácula, O Lobisomem, A Múmia, Dr. Jekyl & Mr. Hyde, O Homem Invisível, O Corcunda de Notre Dame, O Monstro da Lagoa Negra, King Kong e outros decididos a matar Félix e tomar seu lugar. Mas Félix é ajudado pela sedutora secretária do Barão, Francesca. Uma clara homenagem aos ícones dos filmes de terror, A Festa do Monstro Maluco tem elenco encabeçado pelo próprio Boris Karloff, na voz do Barão enquanto Allen Swift produziu a voz de todos os outros personagens com exceção de Phyllis Dryer como a Noiva e Gale Garnett como Francesca, e sendo ela a única membro do elenco vivo, tendo feito a tia Lexy em Casamento Grego (2020).

Como na época somente Drácula, Jekyll/Hyde e o Homem Invisível, que estavam já em domínio público, todos os demais monstros tiveram os nomes adaptados para evitar que pagar direitos autorais. Sendo assim o monstro de Frankenstein é Fang, Quasímodo é apenas chamado de Corcunda, o Monstro da Lagoa Negra é a Criatura, King Kong é “A Coisa” e a Noiva de Frankenstein é simplesmente a noiva. O clima de paródia envolve não apenas as identidades visuais de Boris Karloff, Peter Lorre e Bela Lugosi, mas também referência a vários filmes do gênero e até mesmo ao clássico Quanto Mais Quente Melhor (1959). A ideia de reunião dos monstros clássicos do gênero foi igualmente bem sucedida por Adam Sandler na franquia Hotel Transilvânia.

Em Setembro de 1967, a editora Dell Publishers lançou a adaptação para os quadrinhos da animação. Esta foi extremamente marcante cheia de passagens hilárias como as trapalhadas de Félix, a banda de esqueletos botando pra quebrar e a fabulosa e voluptuosa Francesca, primeira paixão de minha infância. Infelizmente a animação está ausente das plataformas de streaming, mas se encontra em DVD pela Works Editora. Um ótima pedida para se divertir, divertir, divertir … divertir … no dia das crianças com nossos filhos … filhos … filhos.

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