POR Leandro “Leo” Banner

Esta edição especial da Panini Comics reúne a minissérie VIOLATOR #1-3, de 1994, e a republicação de SPAWN #8, com roteiro de ALAN MOORE e arte de TODD McFARLANE, que já foi objeto de análise neste espaço. Assim sendo, focaremos a análise na minissérie do VIOLADOR, que também conta com roteiros de ALAN MOORE, desenhos de BART SEARS e GREG CAPULLO (edição #3), e arte-final de MARK PENNINGTON, com cores de STEVE OLIFF, cuja trama mostra o palhaço gorducho desprovido de seus poderes e fugindo de pessoas que havia matado anteriormente, conseguindo fugir da primeira leva de assassinos, mas isso não quer dizer o fim da caçada. A família do Violador decide intervir para salvá-lo da ira do humano chamado Punidor, apenas para matá-lo depois por considerarem-no uma vergonha para a seu clã infernal.
Vendo-se sem saída, o Violador decide pedir ajuda a Spawn, convencendo-o a ceder ao palhaço baixote parte de sua energia para que possa se defender. Assim sendo, o demônio readquire seus poderes e passa ao contra-ataque. Se alguém que curte quadrinhos já se perguntou em algum momento qual seria o PIOR trabalho de ALAN MOORE, basta ler essa minissérie do Violador. É estarrecedor de tão ruim. Sinceramente, parece que alguma outra pessoa sem a menor experiência e traquejo escreveu isso e colocou o nome de Alan Moore nos créditos. As soluções simplórias, a idiotice do “acordo” entre Spawn e o Violador e a maneira como Spawn cai na esparrela são simplesmente vergonhosas. Essa história horrível combinada com desenhos ainda piores, nos “brindam” com uma das piores coisas já feitas em HQs. E olha que Bart Sears e Greg Capullo não são desenhistas ruins (ainda que não sejam os melhores, seus estilos são razoavelmente bons e aceitáveis), mas aqui entregam em muitos momentos uma cacofonia de imagens sobrepostas exagerando de tal forma, que em muitas vezes não fazem o menor sentido. Há sempre a disposição em analisar as histórias de forma objetiva, mente aberta e receptiva , mas com tramas como as dessa malfadada minissérie do VIOLADOR, essa disposição resta algo abalada. A história não leva a lugar nenhum, a não ser, talvez, o fato de o Violador recuperar seus poderes (ainda que da forma mais idiota possível), e a introdução de mais alguns membros da família do demônio, que certamente reaparecerão em futuras histórias. Uma história horrível, e sem dúvida, o PIOR trabalho de Alan Moore. Se puder, passe longe, invista seu dinheiro em algo que valha mais a pena, a não ser que você seja um fã inveterado de SPAWN e seu universo.

Avaliação: 0,5/5

Vida longa e próspera e até a próxima!🖖🏻