Por Adilson Carvalho

Se existe uma história de superação que toca profundamente um ator e seu personagem é certamente o eterno Rocky Balboa, Michael Sylvester Gardenzio Stallone, mais conhecido como Sylvester Stallone, ou também como o próprio Sly. Ator, roteirista e diretor americano, conhecido por seus papéis em filmes de ação de Hollywood fez do boxeador Rocky Balboa e do soldado John Rambo atuações icônicas que ultrapassaram as décadas em que foram produzidas. Hoje, o garanhão italiano completa 79 anos, e além de sua primeira série televisiva, Tulsa King, no Paramount Plus, no papel de um mafioso que tenta restabelecer seu poder depois de passar 25 anos na prisão, o ator também estrela o reality show The Stallone Family no Paramount Plus, e está prestes a ser o foco de um documentário pela Netflix. Relembremos alguns fatos dessa brilhante carreira e vida intensa de um verdadeiro campeão.

Stallone aprendeu a lutar desde cedo. Já em seu nascimento, complicações no parto e um procedimento cirúrgico mal feito paralisaram a porção inferior esquerda de seu rosto. Aos 15 anos, era apontado na escola como um forte candidato à cadeira elétrica, e aos 23 anos estreou como ator em “O Garanhão Italiano“, que virou apelido, filme porno soft que veio a ser relançado quando o sucesso de “Rocky – Um Lutador” alcançou o mundo. A grande oportunidade veio quando escreveu o roteiro de “Rocky – Um Lutador” e se recusou a vendê-lo por uma quantia generosa. Com pouco mais de US$ 100 no banco, o ator impôs que venderia o roteiro desde que ele o protagonizasse.

De modo a provar seu talento fora dos papéis de ação que viveu, o ator abdicou de salário milionário e aceitou meros 60,000 dólares para o papel de xerife decadente em “Copland” (1997). Foi considerado para o papel que veio a ser de Patrick Swayze em “Marcados pelo Ódio” (1989) , recusou o papel de Superman vivido por Christopher Reeve no filme dirigido por Richard Donner de 1978, além do papel de protagonista vivido por Richard Gere em “Gigolô Americano” (1980), “A Força do Destino” (1982) e “Uma Linda Mulher” (1990).

Apesar de ter seu nome dez vezes ligado ao prêmio “Framboesa de Ouro” que elege os piores da indústria cinematográfica, sempre reagiu e se manteve confiante em sua carreira tendo sido indicado três vezes ao Oscar, vencido o Golden Globe, indicado ao BAFTA (O Oscar Inglês), homenageado com o “Life Achievemente Award” pela Academia de Filmes de Fantasia, Horror e Ficção Científica, além de outras honrarias e o fato de ser o único ator americano a atravessar as últimas cinco décadas com filmes de forte apelo popular. Um sonho ainda não concretizado é o de escrever e dirigir uma cinebiografia do autor Edgar Allan Poe. Há uma lista de papéis de Stallone, que merecem uma conferida do público, embora eu nunca venha a esquecer todas as vezes em que, em minha adolescência, eu fui a um cinema com os amigos e gritávamos “ROCKY! ROCKY!” como se a luta fosse real. O ícone que ele representa é inegável, por isso PARABENS SLY !!